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POLÍCIA
Cezar Alves
24/05/2016 12:54
Atualizado
05/12/2018 00:27

Júri Popular condena dupla acusada de matar jovem no Bom Jardim

Antônio Jubson pegou 14 anos de prisão, enquanto que Wesley Nascimento, que está foragido, pegou 12 anos; o crime foi devido a galinhas da casa da vítima terem passado para a casa de Wesley
Cezar Alves

Acusados de matar o adolescente Erielton Gomes da Silva Pinheiro, de 18 anos, no dia 4 de abril de 2015, na Rua Artur Bernardes, no bairro Bom Jardim, em Mossoró, foram condenados pelo Tribunal do Júri Popular na manhã desta terça-feira, 24 de maio de 2016.

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Antônio Jubson de Araújo Vale, de 22 anos, pegou 14 anos de prisão. Ele não confessa o crime, mas admitiu que estava no local. As testemunhas apontaram que ele participou diretamente do crime, inclusive fugiu com o comparsa Wesley Nascimento de Paula, de 19 anos.

Já em relação a Wesley Nascimento, que está foragido, o Conselho de Sentença formado por 5 mulheres e dois homens terminou o condenando a 12 anos de prisão. As testemunhas contaram que foi Wesley que atirou a queima roupa no adolescente e o matou.

O motivo do crime é que as galinhas da casa de Erielton Gomes estavam pulando para o quintal da casa de Wesley Nascimento. A execução de Erielton Gomes foi destaque em reportagem do PORTAL MOSSORÓ HOJE no dia e após a ocorrência.

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O julgamento

O Tribunal do Júri Popular começou às 8h, com o presidente dos trabalhos, juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, fazendo o sorteio dos sete jurados. Foram escolhidos, com o aval das partes, 5 mulheres e dois homens. Apenas Ericlea Pinheiro Silva prestou depoimento.

O réu foi convocado ao plenário e foi interrogado pelo juiz Vagnos Kelly, pelos advogados de defesa Otoniel Maia de Oliveira Júnior e Alysson Maximino Maia de Oliveira. O promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro, representando o Ministério Público Estadual, não formulou perguntas. Os advogados assistentes do MP fizeram duas perguntas ao réu.

O advogado Francisco de Assis quis saber se o réu sabia do significado de tirar foto fazendo gesto de arma nas mãos. Mostrou a foto e o réu disse que não sabia. O promotor Armando Lúcio foi o primeiro a falar. A acusação e defesa tinham 2 horas e meia cada para defender suas teses. Armando Lúcio pediu condenação por homicídio qualificado.

Francisco de Assis reforçou a ideia de que o crime foi praticado sem motivo e que os réus Wesley nascimento e Antônio Jubson são considerados perigosos. Gilmar Fernandes fez um discurso forte, chamando a atenção dos jurados sobre a responsabilidade de cada um com os níveis de violência no Rio Grande do Norte e em Mossoró.

Os advogados de defesa Otoniel Maia de Oliveira Júnior e Alysson Maximino Maia de Oliveira defenderam tese de negativa de autoria para Antônio Jubson e legítima defesa para Wesley Nascimento. Ele destacou os depoimentos que apontam que eram inimigos e que Erielton Gomes já havia atirado em Wesley e que foi um revide em legítima defesa.

Concluídos os debates, o Conselho de Sentença votou pela condenação dos dois. Antônio Jubson retornou para a Cadeia Pública e Wesley Nascimento, que está foragido, teve a ordem de prisão expedida no processo. Os advogados de defesa disseram que vão estudar o processo e analisar a possibilidade de recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado.

O juiz Vagnos Kelly, diante do que foi decidido pelo Conselho de Sentença, aplicou pena de 12 anos de prisão para Wesley Nascimento e 14 anos para Antônio Jubson.

Próxima reunião

O Tribunal do Júri Popular só volta a se reunir agora terça-feira da próxima semana.

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