As manifestações começaram depois que os militares do Exército Nacional confiscaram produtos em várias partes do bairro San Martín a fim de enviá-los aos centros de abastecimento locais, onde são entregues à população. Segundo a informação divulgada pelo canal de televisão NTN24, os habitantes do bairro quiseram impedir o confisco.
A agência El Nacional informa que, nos confrontos, o Exército usou gás lacrimogêneo. Depois, os protestos se deslocaram para outros bairros de Caracas, chegando também ao centro da cidade, onde as pessoas encheram a Avenida das Forças Armadas, entrando em confronto com os militares. Seis pessoas foram detidas.
Em outros bairros, os moradores organizaram protestos pela falta de abastecimento de água e os cortes de energia. A promotoria da Venezuela informou também sobre ataques a jornalistas.
A Venezuela vive grave crise. A queda dos preços do petróleo levou à falta de bens, à inflação galopante e à diminuição das receitas do governo.
A situação econômica está piorando por causa da instabilidade política, que surgiu após o novo Parlamento, controlado pela oposição, se opor à política do presidente Nicolás Maduro.