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ESPORTE
Da redação
03/06/2016 13:38
Atualizado
14/12/2018 08:18

EUA e Colômbia abrem hoje a Copa América; Brasil estreia amanhã

Torneio pela primeira vez reúne seleções da Conmebol e Concacaf de maneira oficial. Colombianos contam com James após temporada abaixo da crítica no Real Madrid
Divulgação

Estados Unidos e Colômbia abrem nesta sexta-feira uma Copa América Centenário que esteve ameaçada de cancelamento, foi confirmada com meses de atraso em relação ao prazo, mas que, agora, tem objetivos grandiosos.

Os norte-americanos, que sediam a competição, querem fazer dela um sucesso de público e de organização, sedentos que estão de realizar a Copa do Mundo de 2026. A Conmebol, que comemora o seu centenário e o do próprio torneio, espera começar a recuperar a imagem, profundamente abalada por escândalos de corrupção.

A partida entre os anfitriões e os colombianos, às 22h30 (de Brasília), em Santa Clara, na Califórnia, será a primeira das 32 que serão realizadas pelo torneio até 26 de junho. São 16 seleções, as 10 da América do Sul e seis ligadas à Concacaf, divididas em quatro chaves na primeira fase. O Brasil, que estreia neste sábado contra o Equador, está no grupo B, que ainda tem Peru e Haiti.

A Copa América Centenário foi uma das competições das quais a cartolagem sul-americana e também da América Central se aproveitou para cobrar propinas na venda dos direitos de transmissão e de marketing. Cálculos iniciais e conservadores do FBI dão conta de que o suborno, neste caso específico, alcançou pelo menos US$ 110 milhões.

A investigação do FBI já levou à prisão, na maioria dos casos domiciliar por enquanto, vários cartolas, que cumprem pena nos Estados Unidos e em alguns outros países. O ex-presidente da CBF José Maria Marin, é um dos punidos. Vive semi trancado em apartamento de sua propriedade em Nova York e, por acordo com a Justiça norte-americana, tem direito de sair uma vez por semana para ir ao supermercado e outra para ir à igreja e três para passear. Também pode se exercitar na academia do luxuoso prédio se quiser.

O escândalo, que tem proporções muito maiores, derrubou cartolas de todas as federações nacionais sul-americanas, menos da CBF - Marco Polo Del Nero continua no poder. Mas, investigado nos Estados Unidos, não virá ao país para a Copa América Centenário.

Todos os outros cartolas que estão no comando em seus países virão. A presença deles faz parte da tentativa da nova direção da Conmebol de começar a resgatar a imagem da entidade. Missão que não será fácil, pois o FBI continua de olhos atentos aos desmandos do passado e possíveis escorregões do presente.

Para os organizadores locais e os envolvidos com a promoção do torneio, os problemas da Conmebol, e da Concacaf, não são deles. O que lhes interessa é fazer a Copa América Centenário um sucesso de público, nos estádios e via TV. Na última quarta-feira, a marca de 1 milhão de ingressos já vendidos foi bastante comemorada. E o objetivo é dobrá-la ou, pelo menos, bater na casa de 1,5 milhão de entradas vendidas.

"A Copa América Centenário será no mínimo duas vezes maior do que a do Chile (em 2015), tanto em presença nos estádios, em audiência global de TV e o conhecimento do mercado dos Estados Unidos", calculou Kathy Carter, presidente da Soccer United Marketing, maior promotora do futebol dos Estados Unidos.

O torneio é o maior evento de futebol nos Estados Unidos desde a Copa do Mundo de 1994. Os jogos terão como palco 10 estádios, número bem maior do que o necessário para uma competição deste porte, mas dentro da estratégia norte-americana de mostrar que, hoje, já têm tudo pronto para sediar o Mundial de 2026.

Essa será a 45.ª edição do torneio, disputado até hoje em vários formatos. A primeira competição, em 1916, foi disputada na Argentina por quatro seleções. O Uruguai acabou campeão e o Brasil ficou em terceiro lugar à frente do Chile.

Até 1967, chamou-se Campeonato Sul-Americano. Passou oito anos sem ser realizado e voltou em 1975 com o nome atual - o Peru foi campeão em uma final contra a Colômbia e o Brasil ficou em terceiro lugar.

Confira as prováveis escalações:

Estados Unidos: Guzan, Yedlin, Cameron, Brooks e Besler; Bradley, Jones e Bedoya; Wood, Dempsey e Zardes.

Técnico: Jürgen Klinsmann.

Colômbia: Ospina, Arias, Zapata, Murillo e Díaz; Torres e Pérez; Cuadrado, James e Cardona; Bacca.

Técnico: José Pékerman.

Árbitro: Roberto García (México).

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