O comerciante João de Deus Facundo Chagas, de 48 anos, foi condenado a seis anos de prisão por ter matado seu enteado, o estudante Ezequiel Maicon de Freitas, na época com 17 anos, em Mossoró. O julgamento aconteceu na manhã desta quarta-feira (08) no Tribunal do Júri Popular.
O crime aconteceu durante a madrugada do dia 25 de setembro de 2010, no bairro Planalto 13 de Maio e foi motivado porque o estudante tentou defender a mãe durante uma discussão com o acusado.
Relatam as testemunhas que no dia anterior ao crime, a mãe de Maicon, Deusimar Maria de Freitas, saiu com amigas para o shopping no início da noite, ficando lá até por volta de 2 horas da madrugada do dia 25. Ao chegar em casa, o réu João de Deus passou a chamá-la de “rapariga”.
João de Deus, que já convivia com a vítima maritalmente há 12 anos, também teria dito vários outros desaforos com a mulher Deusimar. Maicon, que morava num puxadinho perto, foi para a porta da frente da casa da mãe tentar defendê-la das agressões verbais do padrasto.
William Douglas de Freitas (hoje com 20 anos) que é irmão de Maicon, contou que João Deus estava agredindo sua mãe e sua irmã mais nova (de 12 anos) tentando protegê-la dentro de casa, quando ouviu Maicon batendo no portão tentando chamar atenção de João de Deus.
Neste momento, Douglas disse que João de Deus foi no quintal, pegou uma arma que tinha escondida num tanque, deu a volta na casa e surpreendeu Maicon com um tiro na barriga. Já no chão, Maicon sofreu outros dois disparos, sendo um na cabeça, e morreu no local.
Quando foi ouvido pela Polícia, João de Deus ainda acrescentou, como motivo do crime, o fato de Maicon ter atirado um paralelepípedo no para-brisa do seu carro e nele próprio. Contou ainda que conseguiu se desviar da pedrada e se defender atirando na vítima.
Maicon havia saído de casa porque não suportava mais ver as discussões de João de Deus com a mãe Deusimar Freitas. Willian Douglas disse que em nenhum momento viu o seu irmão Maicon ameaçar matar João de Deus e que eram somente agressões verbais.
Por ter confessado, João de Deus foi condenado por homicídio simples.