Em reunião nesse domingo (03), as empresas construtoras do Rio Grande do Norte que atuam no programa Minha Casa Minha Vida, decidiram continuar as obras, encontraram um meio termo para a resolução dos problemas e adiaram as demissões de mais de 4 mil trabalhadores.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (SINDUSCON), atendendo um apelo do governador Robinson Faria (PSD) para que não houvesse a paralisação das obras e consequentemente as demissões, resolveu entrar com o aviso prévio junto aos trabalhadores e aguardar nos próximos 30 dias que o governo possa efetivar todo o pagamento pendente.
"Daremos aviso prévio a todos os trabalhadores ao longo da semana, atendendo apelo do governador Robinson Faria e do sindicato laboral para não demitirmos de imediato e darmos mais alguns dias para o governo normalizar os pagamentos", afirma Carlos Luiz, Diretor do SINDUSCON.
Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, Carlos Luiz demonstrou uma preocupação com o impacto social causado por essas demissões. "São cerca de 4 mil pais de família que poderão perder seus postos de trabalho. Esperamos que haja sensibilidade da equipe econômica do governo federal para normalizar os repasses para o programa e não venhamos a concretizar essas demissões".
O programa Minha Casa Minha Vida do governo federal, está sendo executado por 6 empresas no Rio Grande do Norte e com obras em Natal, Mossoró, São José de Mipibu e São Gonçalo do Amarante. Em Mossoró, com cerca de 1.200 trabalhadores, as operadoras do programa são as empresas CAGEO e Borges & Santos.
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), prometeu realizar um repasse às construtoras ainda hoje (04). Segundo Luiz, esse valor corresponde a 25% do valor devido dos serviços já prestados e atestados pela Caixa Econômica Federal.