As pesquisas meteorológicas apontam que o inverno de 2017 deve ser favorável. Segundo o professor de meteorologia da Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA), José Espínola Sobrinho, a formação do La Niña (resfriamento das águas do pacífico) deixam animados os estudiosos.
De acordo com o professor, a quadra chuvosa na região de Mossoró é de fevereiro a maio, e os meses que antecedem esse período representam muito para o inverno. “Precisamos analisar o fim de ano e o mês de janeiro, a formação do La Niña ainda é fraca, mas mesmo assim já é otimista”, diz ele.
A formação do La Niña segue uma escala, e está no grau 2, informa Espínola. Mas, a natureza é bem imprevisível. “Estamos em um período semelhante a 2008/2009, onde o pacifico resfriou e tivemos um bom inverno, mas já passamos por situações contraditórias na meteorologia. Às vezes é difícil ter garantia”, completa.
José Espínola diz que o primeiro encontro dos meteorologistas da região vai acontecer no mês de dezembro na Paraíba, mas estudiosos de outras partes do mundo, como Estados Unidos e Inglaterra reforçam o benefício da La Niña para o Brasil, em especial o Nordeste. “Vários órgãos internacionais já sinalizam que teremos um bom inverno”, pontua.
O meteorologista reforça, no entanto, que mesmo diante das previsões positivas, o inverno de 2017, caso se confirme, poderá não ser suficiente para reverter por completo o cenário de seca prolongado, resultado da estiagem dos últimos cinco anos.
Em 2016, o período chuvoso na região de Mossoró foi considerado muito seco. Foram registrados apenas 340 milímetros de precipitação pluviométrica, sendo que a média normal para o período é de aproximadamente 600 milímetros.