19 ABR 2024 | ATUALIZADO 14:30
ESTADO
Da redação
12/07/2018 11:31
Atualizado
14/12/2018 09:19

Ibama e PF interditam Porto-Ilha de Areia Branca; Codern emite nota

Motivo, segundo fontes extra oficiais, é falta de estrutura adequada de funcionamento; Equipe do Ibama veio de Brasília para, junto à Polícia Federal, executar a fiscalização. Veja Nota emitida pela CODERN
CODERN
Por falta de estrutura adequada de funcionameto, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), com apoio da Polícia Federal (não eram policiais de Mossoró), interditou, por tempo indeterminado, o Terminal Salineiro de Areia Branca, levando prejuízos aos salineiros da região da Costa Branca do Rio Grande do Norte que usam o terminal para embarcar sal para a indústria química na Bahia e Rio de Janeiro e também para o mercado exterior.

O Porto-Ilha está localizado no Oceano Atlântico, distante 14 km da costa da cidade de Areia Branca. É operado pela Companhia das Docas do Rio Grande do Norte (CODERN), que tem porto em Natal e também em Maceió. Foi inaugurado em 01 de março de 1974 e sua primeira operação se deu em 04 de setembro do mesmo ano. Foi projetado para embarcar sal em grandes quantidades para o mercado exterior e região centrooeste e sul do Brasil.

Sobre a interdição, o MOSSORÓ HOJE tentou contato com o IBAMA do Rio Grande do Norte, com a CODERN, que administra o Porto-Ilha e também com vários salineiros da região de Mossoró que usam a estrutura para embarcar sal, a granel, principalmente para o exterior e não obteve resposta.

O IBAMA, no entanto, confirmou que realmente existe uma operação em andamento, destacando que se trata de uma equipe que veio de Brasília. Os profissionais do órgão no Rio Grande do Norte sequer teriam sido avisados da operação, que contou com apoio da Polícia Federal.

O Porto-Ilha é responsável pelo embarque do sal em navios produzido nas salinas de Macau, Galinhos, Grossos, Mossoró e Areia Branca para o abastecimento do mercado nacional, especificamente à industria química, e também o mercado internacional.

A transferência do sal das salinas (Macau, Galinhos, Grossos, Mossoró e Areia Branca) para o Porto-Ilha é realizada através de barcaças, operacionalizadas pela CODERN e empresas privadas. A média diária de transferência é de 7.000 toneladas por barcaça, obedecendo as condições de marés.

A retirada do sal das barcaças ocorre através de equipamentos mecanizados, possuindo o Porto-Ilha 03 Descarregadores de barcaças, sendo 02 com capacidade 350t/h e 01 de 450t/h, podendo ser operados simultaneamente.

O sal fica estocado no pátio que tem capacidade de até 100 mil toneladas , em sistema de pilha única. No pátio de estocagem operam 02 moegas sobre trilhos, 02 pás carregadeiras e 02 tratores, todos destinados à recuperação da pilha e ao embarque do sal na esteira.

O sal pode ser armazenado na ilha ou lançado diretamente na esteira transportadora para carregamento no navio.

O sal colocado na esteira faz o percurso de 432 metros até o carregador, sendo pesado ao longo da viagem e é lançado nos porões do navio a uma velocidade de até 1.600 toneladas por hora. Por questões de segurança, as manobras de atracação e destracação de navios são realizadas apenas à luz do dia.

A razão da interdição seria exatamente a precariedade dos equpamentos que estão em operação no Porto Ilha. Em Nota, a CODERN declarou que já enviou equipe a Brasília com a intenção de assinar um Termo de Ajustamento de Conduta para encerrar a interdição e voltar a operar.



Codern envia nota à imprensa

A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) está concentrando todos os esforços no objetivo de atender as exigências do IBAMA relacionadas ao Terminal Salineiro de Areia Branca. 

O Diretor-Presidente, Fernando Dinoá Medeiros Filho, está se encaminhando à Brasília para reuniões junto ao Ministério do Meio Ambiente e IBAMA, além da disponibilidade para assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), tendo em vista já dispor de um Plano de Ação elaborado e pronto para ser executado.

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