20 ABR 2024 | ATUALIZADO 22:33
ECONOMIA
Da redação
06/09/2018 06:37
Atualizado
14/12/2018 08:55

Rio Grande do Norte lidera leilão de energia e arremata R$ 3,5 bi em investimentos

Do total de 48 novos projetos eólicos inscritos no certame, 27 foram arrematados no estado. Serão adicionados mais 743 MW de capacidade instalada com usinas em operação até 2024
Valéria Lima

O Rio Grande do Norte liderou a contratação de projetos para produção de energia eólica, no 28º Leilão de Energia Nova A-6 de 2018 realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira, 31 de agosto. Do total de 48 novos projetos inscritos no certame, 27 foram arrematados no estado. Eles totalizam mais 743 MW de capacidade instalada e as usinas deverão começar a operar em 2024.

Os projetos vendidos irão assegurar cerca de R$ 3,5 bilhões em investimentos no estado nos próximos 6 anos. “Desse montante, cerca de R$1,5 bilhão deverá ser injetado diretamente nas regiões produtoras”, disse o presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Jean-Paul Prates.

A maior parte dos projetos estão na região do Mato Grande, onde se encontram a maior parte das usinas instaladas no estado e com melhores infraestruturas. O projeto com maior fator de capacidade (67,5%) será instalado no município de Riachuelo. A usina Ventos de Santa Martina, desenvolvido pela empresa Casa dos Ventos, terá turbinas da fabricante global Vestas.

Os estados com os empreendimentos contratados foram o Rio Grande do Norte (27 usinas), a Bahia (21 usinas), o Paraná (5 usinas), São Paulo (2 usinas), Minas Gerais (2 usinas), além de Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Maranhão com uma usina em cada estado.

O certame negociou Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado na modalidade por quantidade (hidrelétricas – suprimento de 30 anos e eólicas – suprimento de 20 anos) e por disponibilidade (biomassa, carvão e gás natural – suprimento de 25 anos).

O leilão movimentou, ao todo, R$ 23,6 bilhões em contratos. O preço médio ao final das negociações foi de R$ 140,87 por MWh, com deságio de 46,89% em relação aos preços-tetos estabelecidos, representando uma economia de R$ 20,9 bilhões para os consumidores de energia.

Ao final das negociações, foram contratados 62 empreendimentos de geração, sendo 11 hidrelétricas, 48 usinas eólicas, 2 usinas térmicas movidas a biomassa e uma térmica a gás natural , o que soma 835 MW médios de energia contratada.

Leilões de energia: como funciona

Os leilões são a principal forma de contratação de energia no Brasil. Por meio desse mecanismo, concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) garantem o atendimento à totalidade de seu mercado no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Quem realiza os leilões de energia elétrica é a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), por delegação da Aneel.

O critério de menor tarifa é utilizado para definir os vencedores do certame, visando a eficiência na contratação de energia.

O leilão de energia nova, realizado na semana passada, tem como finalidade atender ao aumento de carga das distribuidoras. Neste caso são vendidas e contratadas energia de usinas que ainda serão construídas.

Eólicas no RN (atualizado com os resultados do Leilão de A-6 de 31/08/2018)

– 138 parques eólicos em operação comercial, somando 3,72 GW em potência instalada.
– 15 parques eólicos em construção, somando 366,10 MW em potência instalada.
– 45 parques eólicos contratados, somando 1,187 GW em potência instalada.

Ranking dos maiores produtores eólicos:

1° Rio Grande do Norte (3,7GW)
2° Bahia (2,5GW)
3° Ceará (1,9GW)
4 ° Rio Grande do Sul (1,8GW)

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário