O Tribunal do Júri Popular julga nesta sexta-feira (19) mais três acusados de matar o vereador de Assu, Manoel Ferreira Targino, o Manoel Botinha, e tentar contra a vida de Francisco Adriano Bezerra, o Biano, em abril de 2015. Ao todo, o Ministério Público Estadual aponta que oito pessoas participaram do assassinato do legilsador.
O julgamento teve início às 8h30, sob a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, com o sorteio dos jurados que formarão o Conselho de Sentença, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró.Foram sorteados e aceitos pelas partes quatro homens e três mulheres.
Entre os três acusados que sentam no banco dos réus nesta sexta-feira, 19, um é o pistoleiro José Roberto Nascimento da Silva, o Feitosa ou Junior Aleijado, de 39 anos, que é apontado com farta documentação como o autor dos disparos que ceifou a vida de Manoel Botinha e tentou contra a vida de Biano.
Os outros dois acusados que vão sendo julgados são pai e filho. Valdete Veríssimo, que hoje é paralítico (está em prisão domiciliar em função deste fato) é pai de Jallison Veríssimo, que está recolhido na prisão, não só por este crime, mas por outros crimes ocorridos na região do Vale do Açu.
Feitosa recebeu R$ 15 mil pelo "trabalho".
Vão a julgamento amanhã:
1) José Roberto Nascimento da Silva, o Feitosa ou Júnior Aleijado, 39 anos, natural de Ceará-Mirim, motorista
2) Valdete Veríssimo de Melo, o Negão, 45 anos, natural de Macau, agricultor
3) Jalisson Veríssimo de Melo, o Jalin, 26 anos, natural de Macau, agricultor
Já foram condenados:
Itamar Veríssimo de Melo - condenado a 30 anos e oito meses de prisão
Douglas Daniel Morais de Melo - condenado a 25 anos e quatro meses de prisão
Joelma de Morais Ferreira - condenada a 28 anos e oito meses de prisão
O sétimo acusado de envolvimento no crime é Weber Veríssimo de Melo, o Ebinho, de 35 anos, agricultor natural de Assu. O acusado seria julgado no mês de setembro passado, mas o júri foi adiado por incompatibilidade de agendas das defesas
(na época seriam julgados juntos Weber e Jalisson).
O Ministério Público será representado pelo promotor de justiça Armando Lúcio Ribeiro. Os interesses dos réus serão defendidos pelos advogados Floripes de Melo Neto, Ivanaldo Paulo Salustino e Flaviano da Gama Fernandes.
Vale lembrar que o caso deveria ser julgado na Comarca de Assu, mas foi desaforado (mudança de comarca) devido a grande repercussão do crime na cidade de Assu e região.
Entenda o caso:
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