O Estado do Ceará vive o seu terceiro dia de ataques promovidos por facções criminosas em retaliação pela mudança de regime na administração penitenciária nos 132 presídios do Estado.
Nesta sexta-feira, dia 4 de janeiro, 300 homens da Força Nacional começaram a chegar ao Estado do Ceará. O governador Camilo Santana também pediu ajuda ao governador da Bahia.
Nos registros da Secretaria Estadual de Segurança do Ceará já foram realizados mais de 30 ataques na Grande Fortaleza e mais de 30 nas cidades do Interior do Estado do Ceará.
Além dos homens da Força Nacional, o Ministro da Justiça também autorizou a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Agentes Penitenciários Federais contra as facções.
Apesar de todo o reforço na segurança, o quadro é de terror no Estado. Para se ter uma ideia, neste sábado, apenas 41 ônibus estão circulando em Fortaleza e assim mesmo com escolta armada.
Com centenas de ônibus parados, o Jornal O Povo informa que os mototaxista chegam a fazer 36 corridas por dia. Já o jornal Diário do Nordeste diz que a Segurança Pública sabia que os ataques iriam acontecer.
Os alvos das facções são transportes públicos, bancos, prédios públicos e também estruturas de grande porte como viadutos. Estruturas privadas também estão sendo atacadas.
Neste sábado, 5, uma quadrilha ateou fogo numa carreta que transportava mais de 2 frangos, que morreram queimados, na cidade de Caucaia. Esta informação é do Diário do Nordeste.
O RN já enfrentou ataques
O cenário de terror que o Estado do Ceará está vivenciando há 3 dias o Rio Grande do Norte enfrentou quanto o então secretário Luiz Mauro Albuquerque, da SESUJ, adotou medidas no sistema prisional do Estado.
A exemplo do Ceará, o então governador do RN também pediu ajuda ao Governo Federal que mandou o exército para conter o avanço das facções. Os presídios do RN foram disciplinados e os ataques acabaram.
O Governo do Estado do Ceará trabalha com a mesma hipótese. A diferença é que no RN são 8 mil presos e no Ceará são 29 mil presos espalhados em 132 unidades prisionais.