No Estado do Ceará, as facções chegam ao 12º dia de ataques. No bairro Bomsucesso da Grande Fortaleza, tentaram derrubar uma ponte e atear fogo base da PM.
A frota de ônibus coletivo está 100% nas ruas, graças as escoltas da Polícia, que recebeu reforço de 500 homens da Força Nacional e 100 do Estado da Bahia.
Os prefeitos das cidades da região Metropolitana de Fortaleza informaram que vão reforçar o trabalho de limpeza das cidades. Pediram também escolta policial.
O Governador Camilo Santana sancionou os projetos aprovados, em caráter de emergência neste sábado na Assembleia, para conter o avanço da violência no Ceará.
O Governo Federal decidiu reforçar o trabalho de segurança no Ceará, enviando 350 homens da Policia Rodoviária Federal para patrulhar as BRs que cortam o Ceará.
Nos primeiros dez dias de investigações, os policiais encontraram áudios apontando que os lideres das facções Guardiões do Ceará e Comando Vermelho lideravam os ataques de dentro dos presídios.
Também durante as investigações junto aos 350 presos até agora, os policiais descobriram que os ataques foram feitos em troca de drogas, dinheiro e também por ameaças.
21 membros do Comando Vermelho foram retirados dos presídios do Ceará e enviados para o Presídio Federal de Mossoró. 18 membros do Guardiões do Ceará tiveram o mesmo destino.
Existe ainda no Estado outros 20 membros do Primeiro Comando da Capital, que o Governo ainda não decidiu como vai tira-los do Estado do Ceará. Esta decisão é em sigilo.
Os ataques estão acontecendo desde o início da gestão do agente civil Luiz Mauro Albuquerque a frente da Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará.
Luiz Mauro é natural de Brasília. Veio para o Rio Grande do Norte ajudar a controlar o Sistema Prisional no período do massacre na Penitenciária de Alcaçuz. O trabalho foi concluído.
No início da segunda gestão do governo Camilo Santana, Luiz Mauro foi convidado para fazer o mesmo no sistema prisional do Ceará antes que estourasse uma rebelião com mortes lá.
O trabalho já começou. Consiste em tirar os celulares, TV e outros aparelhos das celas. Reforma-las para que as tomadas elétricas fiquem na parte externa.
Assim, os presos podem até receber o celular, mas não tem como recarregar as baterias. No Ceará existe 29 mil presos, distribuídos em 132 unidades prisionais no Estado.