A demora no convênio entre a Prefeitura Municipal e Associação dos Estudantes Universitários (AENTS), tem prejudicado dezenas de estudantes de Apodi que precisam se deslocar até a cidade de Mossoró para estudar.
A parceria entre as duas entidades estava prevista para ser concluída no início do mês e deveria solucionar a problemática dos transportes universitários que prejudica os estudantes há, pelo menos, dez meses.
De acordo com o presidente da AENTS, Givaldo Lopes, a prefeitura teria se disponibilizado a repassar, através de convênio, R$ 27 mil para auxílio no translado dos universitários até Mossoró.
O restante seria dividido, por igual, entre os estudantes.
Entretanto, após ter sido procurado pela AENTS, o promotor de Justiça da Comarca, Silvio Brito, recomendou que o repasse da prefeitura aos estudantes fosse feito através de combustíveis para os ônibus, uma vez que, com o recebimento do convênio em dinheiro, seria necessário a realização de licitação dos veículos.
“Nós fomos à prefeitura e propomos fazer a transferência em combustível, mas eles disseram que havia uma resolução do TCE dizendo que não permitia o abastecimento de carros não oficiais, o que tornava inviável a proposta”, contou Givaldo Lopes ao MOSSORÓ HOJE.
Para a estudante de Direito na UNP, Rayane Fernandes, a demora no convênio está prejudicando os estudantes que precisam se deslocar até as instituições de ensino em Mossoró.
“Nós estamos pagando R$ 10 por dia, e até agora só temos visto promessas e mais promessas. Caso o convênio fosse fechado, os universitários pagariam R$ 110 por mês, só que estamos pagando o dobro disso. Tá bem difícil a situação”, declarou.
Ainda segundo Givaldo Lopes, a Associação tem buscado de todas as formas resolver este impasse.
“Vou pessoalmente amanhã na prefeitura, buscar alguma resposta. Temos que achar uma saída. A prefeitura tem toda uma equipe jurídica que pode encontrar uma solução. Basta querer”, concluiu o presidente.
A reportagem do portal MOSSORÓ HOJE tentou contato, via telefone, com a secretária de Gabinete Civil, Klébia Karina, mas as ligações não foram atendidas.