24 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:39
MUNDO
G1
27/03/2019 12:54
Atualizado
27/03/2019 12:55

Cinco casos de cólera são confirmados em Moçambique

Os casos são mais uma consequência da passagem do ciclone Idai, no dia 14 de março, que afetou cerca de 1,85 milhão de pessoas e deixou mais de 400 mortos no país.
O último balanço estima que 686 pessoas morreram em Moçambique, Zimbábue e Malauí com a tempestade tropical.
FOTO: MIKE HUTCHINGS/REUTERS

Autoridades moçambicanas confirmaram, nesta quarta-feira (27), o registro de cinco casos de cólera após a passagem do ciclone Idai, que afetou cerca de 1,85 milhão de pessoas e deixou mais de 460 mortos no país.

O último balanço estima que 686 pessoas morreram em Moçambique, Zimbábue e Malauí com a tempestade tropical.

Veja mais:

Sobe para 446 o número de mortos após passagem de ciclone em Moçambique

"Terá mais, porque cólera é uma pandemia. Quando há um caso, podemos temer outros. Estamos pondo em marcha medidas preventivas para limitar o impacto", disse o diretor nacional de Saúde, Ussein Isse, em entrevista coletiva em Beira, cidade que ficou 90% destruída pela passagem do ciclone. 

O cólera se espalha pela contaminação de água ou comida por fezes. Surtos podem se desenvolver rapidamente durante crises humanitárias em que os sistemas de saneamento entram em colapso. A doença pode matar dentro de horas, caso não haja tratamento.

ESCASSEZ DE ALIMENTOS E ÁGUA EM BEIRA

A situação na cidade portuária moçambicana de Beira está "em ebulição", disse o chefe de uma operação de resgate da África do Sul no fim da semana passada.

Os moradores da região estão sofrendo com a escassez de alimentos, água e outros itens essenciais após dez dias da passagem de um ciclone devastador.

Em 14 de março, o ciclone Idai chegou a Moçambique com ventos de mais de 170 km/h e foi seguido de fortes chuvas.

Sua passagem danificou casas, provocou inundações e deixou destruída a cidade portuária de Beira, segunda maior do país. Então, o ciclone seguiu para países vizinhos Zimbábue e o Malauí.

RESGATE

A ajuda humanitária tenta avaliar a proporção do desastre e determinar qual tipo de auxílio é mais urgente nesse momento.

Em Moçambique, milhares de lares foram destruídos e pessoas foram deslocadas por uma área de 3 mil quilômetros quadrados -- praticamente o tamanho de Luxemburgo.

"Podemos determinar o tamanho, mas não a circunstância. Então estamos trabalhando no solo, resgatando pessoas com auxílio de helicópteros para determinar quais são as necessidades críticas", disse, na terça-feira (26), o coordenador do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), Sebastian Rhodes Stampa.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário