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ESTADO
COM INFORMAÇÕES DO G1
04/06/2019 08:39
Atualizado
04/06/2019 08:39

Denúncia contra José Agripino vai para a primeira instância da Justiça Federal

A denúncia contra o ex-senador foi inicialmente oferecida perante o STF, em setembro de 2017, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), devido ao cargo de senador. A ação penal agora foi remetida à primeira instância, tendo em vista que o mandato se encerrou, ele não conseguiu ser eleito e perdeu o foro privilegiado.
As acusações tratam de um suposto esquema de propina durante as obras de construção da Arena das Dunas, entre 2012 e 2014, em Natal.
FOTO: ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça Federal do Rio Grande do Norte a denúncia contra o ex-senador José Agripino Maia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro durante as obras da Arena das Dunas.

As acusações tratam de um suposto esquema de propina durante as obras de construção da Arena das Dunas, entre 2012 e 2014, em Natal.

O MPF solicitou ainda a inclusão de José Adelmário Pinheiro Filho, o “Léo Pinheiro”, na denúncia, para que o empreiteiro responda por corrupção ativa.

A denúncia contra o ex-senador foi inicialmente oferecida perante STF, em setembro de 2017, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), devido ao cargo de senador.

 A ação penal agora foi remetida à primeira instância, tendo em vista que o mandato se encerrou e ele não conseguiu ser eleito deputado federal, no último pleito.

Segundo o MPF, informações obtidas a partir da “Operação Lava Jato”, bem como em documentos complementares, apontaram que o então senador recebeu propina por meio de depósitos em dinheiro em conta pessoal e mediante “doações eleitorais oficiais” ao Partido Democratas (DEM), do qual era presidente do Diretório Nacional. O dinheiro foi repassado pelo grupo empresarial OAS, presidido na época por Léo Pinheiro.

A propina, diz o MPF, foi paga em troca da prestação de favores políticos a parlamentares que atendessem aos interesses da empreiteira, sobretudo na construção do estádio para a Copa do Mundo de 2014.

José Agripino teria contribuído com a “superação de entraves” para a liberação de parcelas do financiamento do BNDES, em 2013, buscando intervir junto aos tribunais de contas da União e do Estado do Rio Grande do Norte (no âmbito dos quais havia controvérsia sobre a liberação dessas verbas).

Em troca, o grupo empresarial teria feito repasses de, no mínimo, R$ 654.224; além de pagamentos indevidos por meio de “doações eleitorais oficiais” que totalizaram, pelo menos, R$ 250 mil.

O pedido de inclusão de Léo Pinheiro na denúncia se deve ao fato de o empreiteiro se tratar da pessoa diretamente responsável pelo repasse das propinas ao ex-senador, com quem mantinha contato constante.


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