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SAÚDE
16/07/2019 19:30
Atualizado
16/07/2019 19:33

Ministério da Saúde esclarece sobre encerramento de contratos com laboratórios

O MS informou em seu site oficial que não houve suspensão total e que os laboratórios têm um prazo para se adequarem ao cronograma de ações e atividades. Disse ainda que os medicamentos continuarão sendo fornecidos através de outros meios legais de compras.
FOTO: REPRODUÇÃO

O Ministério da Saúde publicou, em seu site oficial, nesta terça-feira (16), um esclarecimento sobre a fase de suspensão de laboratório que produzem medicamentos que são distribuídos gratuitamente pelo SUS e podem deixar pacientes com câncer e diabetes, por exemplo, sem as medicações.

De acordo com o MS, foi disponibilizada uma lista, no Portal da Saúde, no dia 8/7, onde constam os nomes dos laboratórios públicos que devem apresentar medidas para reestruturar o cronograma de ações e atividades. “Desde 2015, 46 PDPs passaram por processos de suspensão. Atualmente, 87 parcerias estão vigentes”, informou.

O Ministério da Saúde ainda disse que o abastecimento desses medicamentos continuarão a ser realizados, através de outros meio legais. “A medida, portanto, não afeta o atendimento à população. A maior parcela das PDPs em fase de suspensão sequer chegou a fase de fornecimento do produto”.

Veja abaixo os motivos dados pelo MS para suspensão das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs):

As PDPs são suspensas por fatores como:

Recomendação por órgãos de controle (CGU e TCU). Nove suspensões atendem esse critério;

Decisão Judicial;

Desacordo com o cronograma;

Falta de avanços esperados;

Falta de investimentos na estrutura;

Solicitação de saída do parceiro privado;

Não enquadramento de um projeto como PDP; entre outros.

Trata-se de uma medida regular e recomendada pelos órgãos de controle como Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU), além de estar prevista no marco regulatório das PDPs e realizada com normalidade. Toda e qualquer parceria que estiver em desacordo é suspensa para avaliação.

A PDP é uma parceria que prevê transferência de tecnologia de um laboratório privado para um público, com o objetivo de fabricar um determinado produto em território nacional. O Ministério da Saúde coordena o processo e utiliza seu poder de compra para apoiar a produção nacional de produtos considerados estratégicos para o SUS.

São fases de uma PDP:

Fase I – Proposta para avaliação;

Fase II – Desenvolvimento do projeto: elaboração dos contratos entre parceiros, treinamento, desenvolvimento da estrutura e qualificação dos processos de trabalho. Não há fornecimento direto ao Ministério da Saúde;

Fase III - Transferência efetiva de tecnologia e início da aquisição do Ministério da Saúde;

Fase IV – Verificação da internalização da tecnologia.

Estágio atual das PDPs em fase de suspensão:

Adalimumabe – Fase II

Etanercepte – A PDP suspensa está em Fase II

Everolimo - Fase II

Gosserrelina - Fase II

Infliximabe - A PDP suspensa está em Fase II

Insulina (NPH e Regular) – São duas parcerias: 1 - Fase III, em virtude dos atrasos de entregas, o Ministério da Saúde está realizando compras por pregão; e 2 – Fase II

Leuprorrelina - Fase II

Rituximabe - A PDP suspensa está em Fase II

Sofosbuvir – Fase II, além de suspensão por decisão judicial

Trastuzumabe – São três PDPs: 1 - PDP suspensa está em Fase II; 2 – PDP em fase III suspensa por determinação do TCU; 3 – Vigente

Cabergolina - Fase III, em desconformidade com cronograma de investimentos e estrutura fabril. O Ministério da Saúde realizou pregão eletrônico para aquisição do produto

Pramipexol - Fase III, em desconformidade com cronograma do projeto. O Ministério da Saúde realizou aquisição do produto fora da parceria.

Sevelâmer - Fase III, em desconformidade com cronograma de investimentos e estrutura fabril. O Ministério da Saúde realizou pregão eletrônico para aquisição do produto

Vacina Tetraviral – Está em desacordo com os critérios de PDPs. O Ministério da Saúde realizou aquisição do produto fora da parceria.

Alfataliglicerase - Está em desacordo com os critérios de PDPs. O Ministério da Saúde realizou aquisição do produto fora da parceria.

Bevacizumabe – Fase II


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