Visionário e empreendedor, o jovem estudante do ensino médio Wendell Ferreira, de 16 anos, ficou conhecido nas ruas de Salvador por vender paçocas para realizar o seu sonho de tornar-se empreendedor.
“Quero ser empresário. Para tudo tem um começo. Paçoca R$1”. É assim que Wendell da Paçoca, como é conhecido, aborda os seus clientes nas sinaleiras da cidade.
Em quatro meses de vendas na rua, Wendell conseguiu juntar o montante que queria e conquistou mais do que o dinheiro pode comprar, como ele revela.
“Fiz muito network, ganhei um curso de oratória, outro de investimento financeiro que custa R$ 3 mil. Teve gente que me pagou R$ 50 só pra tomar um café comigo e conhecer a minha história”.
O envolvimento do jovem empreendedor com os negócios começou quando ele trabalhava como menor aprendiz e estava insatisfeito com a falta de oportunidade de crescimento.
Por isso, pediu demissão e com mil reais que recebeu da empresa investiu na sua primeira marca de roupas. Porém, o sonho de menino acabou em frustração, pois na época Wendell não tinha conhecimento financeiro e a marca de roupas não vingou.
Mas desistência não combina com ele e quando o sonho parecia inalcançável, o jovem inspirou-se no empresário Sílvio Santos, que trabalhou como vendedor ambulante e, hoje, é dono do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e do Grupo Sílvio Santos.
Para o adolescente, a motivação vem do desejo de dar conforto à sua família e ajudar outros jovens para que tenham consciência do seu potencial de empreender.
“Enxerguei nos meus pais a dificuldade no padrão de vida, de trabalhar e só ter dinheiro para pagar contas. Quero poder aposentá-los e vou presentear a minha mãe com um restaurante. Ela ama a ideia mas, no início, achava que era maluquice, surreal”, conta.
Atualmente, Wendell usa o dinheiro das vendas para aprimorar seu marketing digital, investindo em livros e cursos. Para o futuro, ele planeja cursar Psicologia e continuar ajudando pessoas na carreira de empreendedorismo.
“Meu negócio é ajudar pessoas. Existem jovens, como eu, que precisam de incentivos e exemplos. Quero que eles olhem pra mim e se inspirem. Estou montando um grupo de jovens que querem empreender. Nesse grupo, vou ajudar na área empresarial deles”, conta.