O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decretou três dias nacionais de oração em homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro de 2001 em Nova York e em Washington. Veja VÍDEO do ataque terrorista às Torres Gêmeras em Nova Iork AQUI
“Eu, Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, em virtude da autoridade que me confere a Constituição e as leis dos Estados Unidos, proclamo, sexta-feira, 11, até domingo, 13 de setembro, três dias de oração em comemoração nacional”, informou, por meio de comunicado.
“Peço aos norte-americanos que honrem e recordem as vítimas do 11 de setembro de 2001 e seus entes queridos por meio de orações, contemplação, memoriais, visitas a locais de homenagem, do tocar dos sinos, vigílias a luz de velas e outras cerimônias e homenagens apropriadas,” disse.
O presidente dos Estados Unidos lembrou que há 14 anos, a paz de uma bonita manhã foi quebrada. “Os acontecimentos de 11 de setembro de 2001 deixaram uma marca no espírito de todos os norte-americanos e a nossa nação mudou para sempre. Perderam-se quase 3 mil valiosas vidas e seus entes queridos tiveram de enfrentar um sofrimento inimaginável”, indicou Obama.
No dia 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos sofreram o pior ataque terrorista de sua história, quando dois aviões sequestrados pela Al Qaida se chocaram contra as Torres Gêmeas, em Nova Iorque, e outro contra o Pentágono, em Washington, enquanto um quarto avião caiu na Pensilvânia.
11 de setembro de 2001
No dia 11 de setembro de 2001, o mundo assistia de forma perplexa o desabamento das famosas Torres Gêmeas, o Word Trade Center, após os choques consecutivos de dois aviões comerciais. Nesta sexta-feira (11 de setembro) o fato épico para o mundo completa 14 anos.
Eram quase 9h da manhã em Nova York quando um avião sequestrado por terroristas islâmicos teve sua rota desviada em direção a uma das torres do World Trade Center – um dos prédios mais altos do mundo. Inicialmente, imaginou-se que se tratava de um acidente aéreo de grandes proporções, mas não de um ataque premeditado. Porém, quando cerca de 20 minutos depois um outro avião chocou-se contra a segunda torre do WTC, ficou claro que os Estados Unidos estavam sendo vítimas de atentados terroristas cuidadosamente planejados
Poucos minutos mais tarde, um terceiro avião, também sequestrado, foi jogado contra o Pentágono, a central de inteligência norte-americana, cuja sede fica próxima à capital do país, Washington D.C. Havia ainda um quarto avião, que acabou caindo na Pensilvânia antes de atingir seu alvo. Segundo as investigações feitas posteriormente, o plano dos terroristas era jogar a aeronave contra o Capitólio – a sede do Poder Legislativo dos EUA.
Em Nova York, o choque dos aviões contra as torres do WTC desestabilizaram a estrutura dos edifícios, que caíram cerca de duas horas depois dos ataques. Antes disso, entretanto, uma cena desoladora foi transmitida ao vivo pelas televisões de todo o mundo: desesperadas, pessoas que estavam acima dos andares atingidos pelos aviões, sem terem como fugir dos prédios em chamas, jogavam-se do alto das torres. No fim, morreram elas, os bombeiros que haviam chegado ao WTC para socorrer os feridos pelo primeiro ataque, os passageiros dos quatro aviões, funcionários do Pentágono, inúmeras pessoas que trabalhavam nas torres gêmeas de Nova York, entre outros, num total de quase 3 mil pessoas.
Desdobramentos do 11 de setembro para os EUA e o mundo
Se o impacto humano dos ataques de 2001 foi evidente, o 11 de setembro teve desdobramentos que vão muito além da morte de milhares de pessoas. Imediatamente, as bolsas de valores do mundo todo entraram em crise. Afinal, afora as incertezas quanto ao impacto do 11 de setembro sobre a economia mundial, os ataques provocaram perdas humanas inestimáveis para muitas empresas sediadas no WTC, mobilizaram as companhias de seguros numa proporção poucas vezes vista e prejudicaram enormemente o mercado de aviação civil nos EUA e no mundo.
Do ponto de vista social, os ataques também trouxeram para o primeiro plano os muçulmanos radicais, favoráveis à guerra santa – a chamada Jihad islâmica. Não raro passou-se a confundir árabes com muçulmanos de todas as matizes, como se fossem, todos, homens e mulheres-bombas dispostos a atacar qualquer ponto em qualquer lugar e a qualquer momento. Disso para o preconceito e a intolerância étnica e religiosa foi passo apenas. No cotidiano dos cidadãos norte-americanos, a vida seguiu sob a sombra de uma nova ameaça terrorista, o que exigiu mudanças de hábitos, sobretudo em termos de segurança pública.
Militarmente, os desdobramentos do 11 de setembro foram enormes. Os ataques podem gerar a falsa impressão de que não havia terrorismo antes de 2001, o que é uma inverdade. Mas, tendo em vista que aquele episódio foi, simultaneamente, não apenas o principal ataque terrorista da História como também o primeiro ataque estrangeiro contra civis sofrido pelos EUA em território norte-americano, a resposta do governo foi contundente.
De um lado, o então presidente George W. Bush fez aprovar o USA Patriot Act, que concedeu ao governo a prerrogativa de, numa democracia, poder invadir lares, espionar cidadãos, interrogar suspeitos de espionagem ou terrorismo (inclusive empregando tortura) sem lhes dar direito à defesa ou a julgamento. Ou seja, medidas antidemocráticas, que tolhiam as liberdades civis, passaram a ser vistas como necessárias para salvar a própria democracia. De outro lado, os EUA lideraram, com a participação de vários países, a chamada Guerra ao Terror contra o Eixo do mal, que levou à invasão ao Iraque e ao Afeganistão, acentuando ainda mais o antiamericanismo no mundo islãmico.Se as mortes de Saddam Hussein e Osama bin Laden porão fim ao choque de civilizações e de culturas que marcou o primeiro decênio do século XXI é uma questão ainda em aberto.
(Informações do UOL Educação)