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SAÚDE
Da redação
21/09/2015 12:14
Atualizado
13/12/2018 23:17

Audiência de Custódia vai gerar economia de R$ 4 bilhões

Ricardo Lewandowski, anunciou a meta de, em um ano, o Judiciário deixar de prender 120 mil pessoas no País.

Ao participar da inauguração do sistema de audiências de custódia no Rio, em que o preso em flagrante tem que ser apresentado ao juiz no prazo máximo de 24 horas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ricardo Lewandowski, anunciou a meta de, em um ano, o Judiciário deixar de prender 120 mil pessoas no País. Esses 120 mil presos provisórios (sem condenação) a menos representariam economia de R$ 4,3 bilhões aos cofres públicos, segundo ele.

Leia também: Veja medida do CNJ para desafogar os presídios brasileiros

"Pretendemos dentro de um ano deixar de prender cerca de 120 mil presos. Considerando que cada preso custa para os cofres públicos aproximadamente R$ 3 mil por mês, se multiplicarmos por 12 meses, teremos uma cifra de R$ 4,3 bilhões de economia para o Estado. São pessoas que vão responder a processo criminal, mas em liberdade. O juiz aplicará medidas cautelares alternativas à prisão, como tornozeleiras eletrônicas, prisão domiciliar, apresentação periódica ao magistrado, restrição de movimentos. Significa, portanto, uma economia, antes de mais nada, para os cofres públicos, e vai abrindo espaço no sistema prisional", disse Lewandowski.

O presidente do CNJ estará em Natal no dia 9 de outubro para lançar a audiência de custódia no Rio Grande do Norte, ao lado do presidente do TJRN, desembargador Claudio Santos e demais componentes do Pleno da Corte Estadual de Justiça.

O Rio é o vigésimo Estado a implementar o sistema. Nos 19 Estados onde já funcionam, as audiências de custódia (ou de apresentação) tiraram da cadeia, em média, 50% dos detidos em flagrante. Desde fevereiro, 6 mil presos em flagrante foram liberados e responderão a processo fora da cadeia. "Deixamos de ter de construir oito presídios e meio", disse o presidente do STF, que planeja assinar convênios de audiências de custódia em todos os Estados até meados de outubro.

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