28 MAR 2024 | ATUALIZADO 17:59
ESTADO
DA REDAÇÃO, COM INFORMAÇÕES DO RN1
08/06/2020 18:42
Atualizado
08/06/2020 18:44

Promotora avalia como positivo avanço do plano de combate a Covid-19 no RN

A promotora Iara Pinheiro, da Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público do Rio Grande do Norte, concedeu entrevista ao Jornal RN1, da Inter TV Cabugi, e falou sobre a abertura de leitos promovida pelo governo do estado e explica o motivo da não viabilização do Hospital de Campanha no RN.
FOTO: REPRODUÇÃO

Em entrevista ao Jornal RN1, da Inter TV Cabugi, a promotora Iara Pinheiro, da Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público do Rio Grande do Norte, falou que avalia que houve um bom avanço do plano estadual de combate a Covid-19.

A promotora citou como exemplo a abertura de leitos na rede da Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap), pelos hospitais de referência e a contratualização direta com a Liga Norteriograndense Contra o Câncer.

Deixa claro, entretanto, que ainda é necessária a abertura de mais leitos, inclusive de UTIs, em hospitais municipais, regionalmente.

“Espero que a minha fala não pareça a Sesap de um lado e municípios de outro. Está muito equivocado. A responsabilidade em prover saúde, ela é solidária. Ela é plena de todos e ela é solidária, articulada através de planos assistenciais e para o nosso estados, todas as regiões já possuem seus planos assistenciais, inclusive, elaborados entre a Sesap e os municípios daquela região. Esses planos precisam sair do papel. Esses leitos estão fazendo falta e hoje o Ministério Público está centrado, está voltando seus esforços como objetivo de melhor ajustar a parceria entre Estado e municípios”, explicou a Promotora.

Ao ser questionada sobre problemas relacionados a não abertura do Hospital de Campanha do Rio Grande do Norte, a promotora Iara Pinheiro explicou o Ministério Público vem fiscalizando as promoções de assistência à saúde realizadas pela Sesap, mas que não houve problemas operacionais para abertura da unidade hospitalar.

Segundo ela, o que aconteceu foi que as 7 proposta apresentadas ao governo pela empresas foram “emprestadas”. Ela explica, ainda, que 3 delas era para montagem do Hospital, que não era sequer objeto do chamamento que foi feito pelo Governo do Estado.

“O Hospital de Campanha, independentemente da abertura regionalizada de leitos de UTI, que poucos estados do Nordeste certamente estão conseguindo fazer dessa forma territorializada, ele precisaria, sim, porque ele era reforço para suporte e região metropolitana e nós não só temos a região metropolitana nesse estado. Ele não foi efetivado, não foi responsabilidade da Sesap. Eu tenho inquérito pra isso. Eu acompanhei desde a redação da primeira edição deste edital. A Sesap tem um processo virtual, através do processo CEI, há muita transparência. Eu tenho login e senha, eu consulto os processos na minha função fiscalizadora e muito cedo eu passo a verificar quais o atos que estão sendo praticados” diz.

Ainda segundo ela após não se efetivar o hospital de campanha estadual, o governo buscou a abertura de leitos junto a Liga, fato que se concretizou e teve a participação ativa dos Ministérios Públicos Estadual, do Trabalho e Federal, através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

“Eu reitero que, se não ficou claro, a nossa avaliação é que a capacidade operacional da Sesap em abertura de leitos de UTI está satisfatória. Está no tempo ideal? Não, não está! Precisamos de mais leitos? Com certeza. É tanto que a gente chama atenção, principalmente em um momento como este, dramático, muito grave”, conclui.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário