28 MAR 2024 | ATUALIZADO 15:06
ESTADO
13/01/2021 16:45
Atualizado
13/01/2021 16:47

Mossoró bateu o recorde de chuva diária com 176,4 mm em fevereiro de 2020

O dado consta no balanço das chuvas de 2020 no Rio Grande do Norte, divulgado pela Sape e Emparn, durante reunião realizada nesta terça-feira (12). A chuva que garantiu o recorde à Mossoró ocorreu em 29 de fevereiro, sendo este o maior volume diário dos últimos 63 anos. A previsão climática para o primeiro trimestre de 2021, estação pré-chuvosa no Estado, é de ocorrência de chuvas dentro da média histórica.
FOTO: ARQUIVO

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), realizaram nesta terça-feira (12), a apresentação do balanço das chuvas em 2020 e perspectivas para o período chuvoso no Rio Grande do Norte em 2021.

O evento realizado de forma híbrida, virtual pela plataforma Google Meet, e presencial no auditório Governador Iberê Ferreira de Souza, localizado na sede da Emparn, reuniu representantes públicos e privados de diversos setores ligados à agropecuária e segurança hídrica potiguares, bem como veículos de imprensa.

Sobre o balanço das chuvas no ano passado, o Rio Grande do Norte apresentou chuvas entre as categorias de normal a acima do normal com volume médio de 910,1 mm, superando os volumes esperados nas regiões Oeste, Leste e Agreste.

Em termos numéricos, a região Leste foi a que registrou o maior volume acumulado médio observado com 1.313,3 mm, enquanto que o esperado foi de 1.252,1 mm; seguida da região Oeste, com 919,7 mm, enquanto 790,6 era o esperado.

O Agreste acumulou 710 mm e o esperado era de 714,5 mm. E por fim a região Central acumulou 697,1 mm e o esperado era de 627,7 mm.

No período, a cidade de Mossoró, no Oeste potiguar, bateu o recorde de chuva diária com 176,4 mm ocorrida em 29 de fevereiro, sendo este o maior volume diário dos últimos 63 anos.

Já Natal, localizada na região Leste, registrou em maio, volumes com 426,1 mm, sendo seu segundo maior índice pluviométrico desde 1963. O primeiro ocorreu em 2011 com 447,4 mm.

Já a previsão climática para o primeiro trimestre de 2021, estação pré-chuvosa no Rio Grande do Norte, é de ocorrência de chuvas dentro da média histórica, de acordo com a análise da Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn.

“Estamos muito felizes com as boas previsões, com a possibilidade de termos um inverno acima da normalidade. As chuvas se iniciarão agora no final do mês de janeiro, inverno se consolidando a partir da segunda quinzena de fevereiro, estamos atentos a tudo isso. A governadora professora Fátima Bezerra tem nos cobrado a questão da distribuição das sementes, de chegarem às mãos do agricultor familiar no momento certo”, afirmou o secretário da Sape, Guilherme Saldanha.

Para a região Oeste do Estado, a estimativa é do maior volume pluviométrico médio do RN com 315 milímetros (mm) para os meses de janeiro, fevereiro e março. As regiões Leste e Central, cada uma com previsão para o período com de 250mm e o Agreste com 188mm.

“Desde meados de 2020 estamos presenciando a atuação do fenômeno La Niña. O fenômeno, em oposição ao El Niño, ocasiona o resfriamento da temperatura média das águas superficiais na faixa equatorial do oceano Pacífico, aumentando os ventos alísios de leste na superfície inibindo a formação de nuvens”, disse o meteorologista Gilmar Bristot.

As análises, de acordo com Bristot, sugerem que o ano de 2021 apresente características climáticas, no RN, semelhantes ao ano de 2011, quando a La Niña ocorreu pela última vez no estado em fase com a atividade solar em situação de mínima.

“Com esse cenário espera-se um quantitativo normal de chuvas no RN, porém com de grande variabilidade temporal e espacial, característica inerente ao clima semiárido”, completou.


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