29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
VARIEDADES
ANNA PAULA BRITO
21/01/2021 16:38
Atualizado
29/01/2021 11:47

Agricultores encontram meteorito de mais de 15kg nas Dunas do Rosado, em Porto do Mangue

O artefato foi encontrado no ano de 2017, pelo agricultor Francisco Melo e pelo sobrinho Luciano Melo. Os dois, muitas vezes, chegaram a ser chamados de loucos ao contarem sobre o achado. Nesta quarta-feira (20), após análises de um fragmento, finalmente chegou a comprovação oficial do pesquisador André L R Moutinho, de que se tratava de uma pedra genuína. Apesar de ainda não saber o valor exato, a família espera conseguir vender a peça. Em alguns casos, colecionadores já chegaram a pagar até R$ 40 por um grama de meteorito.
Agricultores encontram meteorito de mais de 15kg nas Dunas do Rosado, em Porto do Mangue. O artefato foi encontrado no ano de 2017, pelo agricultor Francisco Melo e pelo sobrinho Luciano Melo. Os dois, muitas vezes, chegaram a ser chamados de loucos ao contarem sobre o achado. Nesta quarta-feira (20), após análises de um fragmento, finalmente chegou a comprovação oficial do pesquisador André L R Moutinho, de que se tratava de uma pedra genuína. Apesar de ainda não saber o valor exato, a família espera conseguir vender a peça. Em alguns casos, colecionadores já chegaram a pagar até R$ 40 por um grama de meteorito.
FOTO: CEDIDA/FRANCISCO BEZERRA, PORTO DO MANGUE

Uma família de agricultores da comunidade Rosado, localizada no município de Porto do Mangue, região da Costa Branca do Rio Grande do Norte, encontrou um meteorito com peso superior a 15kg.

De acordo com o secretário de turismo e meio ambiente do município, Francisco Bezerra, a pedra foi encontrada no ano de 2017, mas somente nesta quarta-feira (20) foi identificada oficialmente como sendo parte de um meteoro.

O secretário conta que o agricultor Francisco Melo e o sobrinho dele, Luciano Melo, estavam capinando o roçado de feijão da família, na região das falésias, quando avistaram a pedra. De imediato eles já perceberam que não se tratava de uma pedra comum à região.

Outro ponto que chamou a atenção dos agricultores foi o fato de o tamanho não condizer com o peso, visto que se tratava de uma pedra pequena, mas extremamente pesada.

Na época, os agricultores começaram a dizer na comunidade que havia encontrado um fragmento de meteoro, mas não foram levados a sério. Eles ainda realizaram pesquisas por conta própria, na internet, mas acabaram desistindo.

“Eles não tinham mais esperança, porque quando eles acharam a pedra, em 2017, os familiares e pessoal da comunidade acharam que eles eram loucos e ‘fracos do juízo’, segundo eles mesmos descreveram. Então eles acabaram ocultando essa história, pois não tinham como ter ajuda para confirmar se era realmente um meteorito”, explicou o secretário de turismo.

No final do ano de 2020 seu Francisco e Luciano decidiram procurar a secretaria de turismo do município, momento em que começaram as buscas por pesquisadores que pudessem avaliar a pedra.

Francisco Bezerra contou ao MOSSORÓ HOJE que, inicialmente, entrou em contato com diversas universidades, conversou com amigos professores e então chegou ao nome do pesquisador André L R Moutinho, que colecionador, pesquisador e membro da diretoria da Global Meteorite Association (GMA), além de membro da IMCA (International Meteorite Collector Association).

O pesquisador solicitou que fosse enviado um pequeno fragmento da pedra original para avaliação. O material foi enviado pelos correios e, nesta quarta-feira (20), veio a tão esperada confirmação: realmente se tratava de um meteorito.

Francisco Bezerra conta que imediatamente, após a confirmação, foi pessoalmente à comunidade do Rosado, contar a novidade para Francisco e Luciano Melo.

Diz que os dois ficaram muito felizes, pois, como dito anteriormente, ninguém dava crédito ao achado dele e eles já haviam perdido as esperanças.

Em fevereiro, André L R Moutinho deve viajar até Porto do Mangue para avaliar a pessoa original. Na visita, o meteorito deve ser catalogado e também estimada sua idade. O estudo do item também está sendo realizado pela  UNICAMP e pela UFOP.

Agora, a família Melo espera conseguir um bom valor pela peça. Apesar de não existir um valor tabelado para venda deste tipo de artefato, em alguns casos, colecionadores já chegaram a pagar até R$ 40 por um grama de meteorito.


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