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ESTADO
07/06/2021 18:26
Atualizado
07/06/2021 18:26

Sesap confirma primeiro caso de mucormicose em paciente que teve covid-19 no RN

Segundo a Sesap, a paciente é uma mulher de 42 anos que teve o resultado positivo para mucormicose, detectado por meio de uma biópsia. A mulher encontra-se em tratamento, internada em um hospital de Natal. Ela está reagindo bem ao tratamento e há previsão de alta nos próximos dias.
FOTO: REPRODUÇÃO

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), confirmou que está monitorando um caso confirmado de mucormicose, infecção fúngica conhecida como fungo preto, em uma paciente com histórico de Covid-19.

Segundo a Sesap, a paciente é uma mulher de 42 anos que teve o resultado positivo para mucormicose, detectado por meio de uma biópsia. A secretaria afirmou que está avaliando também seus exames e histórico clínico.

A mulher encontra-se em tratamento, internada em um hospital de Natal. Ela está reagindo bem ao tratamento e há previsão de alta nos próximos dias.

A mucormicose é causada por fungos da ordem Mucorales, e foi identificada pela primeira vez em 1885. Esses fungos podem estar presentes no ar, na água, em diversos ambientes.

Podem acometer principalmente pessoas com o sistema imunológico deprimido, uma vez que os fungos são oportunistas, aproveitando-se da baixa imunidade para se instalar no organismo.

Dessa forma, imunossuprimidos, diabéticos e pacientes internados em UTI são mais vulneráveis à mucormicose.

Os fungos Mucorales são transportados pelo ar e a infecção costuma ocorrer pela inalação de seus esporos ou, ainda, por meio de uma laceração na pele, como cortes ou queimaduras.

A doença começa a se manifestar como infecção de pele nas bolsas de ar localizadas atrás da testa, nariz, maçãs do rosto e entre os olhos e os dentes.

Em seguida, o fungo pode se espalhar para os olhos, pulmões, podendo atingir também o cérebro. Isso leva ao escurecimento ou descoloração do nariz, visão turva ou dupla, dor no peito, dificuldades respiratórias e tosse com sangue.

Ao atingir os vasos sanguíneos da via aérea e dos seios da face, o fungo compromete a circulação do sangue até necrosar os tecidos nestes locais.

A doença é tratada por meio de medicamentos antifúngicos. Quando a infecção chega ao estágio de necrose, as áreas afetadas precisam ser removidas por meio de cirurgia.

O diagnóstico precoce e início imediato do tratamento adequado é fundamental para aumentar as chances de cura da doença, que apresenta uma taxa de letalidade de 50 a 60%.

Os estudos acerca da relação entre a mucormicose e a Covid-19 ainda estão em fase inicial, mas os infectologistas acreditam que a ocorrência da doença em pacientes com histórico de Covid-19 esteja relacionada ao seu estado debilitado, acometendo principalmente pacientes hospitalizados e em estado grave.


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