23 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:31
POLÍCIA
09/06/2021 21:16
Atualizado
09/06/2021 22:16

Número de vítimas da quadrilha do sonho da casa própria pode chegar a 150 em Mossoró

Na Justiça, a quadrilha teve o flagrante confirmado, mas apenas um suspeito ficou preso: Suan Freitas da Silva, de 30 anos (FOTO). Os demais foram soltos. Na Delegacia de Defraudações, o número de vítimas só aumentou nesta quarta-feira, depois da reportagem que postamos no MOSSORÓ HOJE com exclusividade.
Na Justiça, a quadrilha teve o flagrante confirmado, mas apenas um suspeito ficou preso: Suan Freitas da Silva, de 30 anos (FOTO). Os demais foram soltos. Na Delegacia de Defraudações, o número de vítimas só aumentou nesta quarta-feira, levando o delegado a prevê um número aproximado a 150 vítimas só na cidade de Mossoró-RN

Na Delegacia de Defraudações, o número de famílias que tiveram o sonho da casa própria destruído pela quadrilha presa nesta quarta-feira, 8, em Mossoró-RN, pode chegar a 150.

Na Justiça, a juíza Andressa Luara Holanda Rosado Fernandes, decidiu por deixar só um dos seis suspeitos que haviam sido presos em flagrante ao meio dia desta terça-feira, 8.

A estimativa do número de vítimas chegar a 150, só em Mossoró, é do delegado Denis Carvalho da Ponte, que efetuou as prisões, após uma conversa prévia com a delegada regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI).

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Inicialmente, o delegado Denis Carvalho da Ponte, considerando o número de pessoas procurando a delegacia após o flagrante, acreditava que existisse pelo menos 50 vítimas. Já entendia que era um número alto para o pouco tempo de atuação da quadrilha.

Entretanto, nesta quarta-feira, 9, o delegado se mostrou assustado com o número de vítimas procurando a delegacia para prestar esclarecimentos no inquérito policial apura as fraudes. “A delegada regional do Creci nos ajudou a entender melhor o quadro”, acrescenta.

Os seis acusados haviam sido atuados em flagrante neste terça-feira, 8, pelo delegado Denis Carvalho da Ponte, com farta documentação e inúmeras vítimas e o processo foi enviado dentro do prazo legal para o Poder Judiciário realizar a Audiência de Custódia.

Nesta quarta-feira, 9, na Audiência de Custódia, presidida pela juíza Andressa Luara Holanda Rosado Fernandes, e com a presença do promotor de Justiça Italo Moreira Martins, decidiu por reconhecer o flagrante realizado pelo delegado Denis Carvalho.

Dos seis presos, apenas um ficou preso

Entretanto, após ouvir os depoimentos dos seis acusados, e coletar o parecer do promotor de Justiça Italo Moreira Martins e também do advogado de defesa Eduardo Sousa, a juíza decidiu por decretar a prisão apenas de Suan Freitas da Silva, de 30 anos, natural do Estado da Bahia.

Sobre os suspeitos Dhenerson Dias Ribeiro e Leonardo de Almeida Silva, a juíza decidiu por conceder a liberdade provisória sem qualquer medida cautelar. Estão livres.

Já os suspeitos José Juiz da Silva Fagundes, Israel Nicolau de Arruda de Assis e Luiz Augusto Paulino de Albuquerque, ficaram em liberdade com compromisso de comparecer aos chamamentos da Justiça, sempre que necessário for.

1 - José Luiz da Silva Fagundes, de 44 anos - Livre

 2 - Leonardo de Almeida Silvas, de 35 anos - Livre

3 - Dhenerson Dias Ribeiro, de 20 anos - Livre

4 - Israel Nicolau Arruda de Assis, de 38 anos - Livre

5 - Luiz Augusto Paulino de Albuquerque, de 30 anos - Livre

6 - Suan Freitas da Silva, de 30 anos – Prisão preventiva

Na delegacia de Defraudações, o trabalho continua, principalmente com o delegado, dois agentes e um escrivão ouvindo o depoimento de mais vítimas do grupo, que havia se estabelecido em Mossoró com a finalidade de aplicar golpes havia cerca de 30 dias.

O delegado Denis Carvalho também confirmou que realmente existe informações de que a quadrilha também estava se estabelecendo possivelmente para aplicar os mesmos golpes nas cidades de Assu e Ipanguaçu, no Vale do Açu.

O golpe

A quadrilha pegou (no site da Caixa) uma lista de imóveis que a Caixa havia tomado e passaram a revender estas casas para suas vítimas pela metade do preço. Os anúncios eram feitos através das redes sociais, principalmente no Facebook, e também distribuindo panfletos nas ruas, atraindo muitas famílias, que sonhavam ter uma casa própria.

Em alguns casos, o grupo em tom ameaçador, botava a família que estava na casa para fora e negociava com suas vítimas. Para fechar a negociação, exigiam documentos, faziam uma simulação num site parecido com o da Caixa e diziam que o cadastro daquela pessoa havia sido aprovado para comprar a casa em 60 ou até 320 prestações.

Exigiam, no entanto, adiantamento de 5% do valor da casa. O golpe estava aí, já que não teriam como entregar a casa no futuro. Andavam bem vestidos, em carros novos e diziam que eram advogados e corretores que estavam a serviço da Caixa. Explicavam que as casas estavam sendo vendidas pela metade do preço por ter sido tomadas pela Caixa. Com este discurso, a quadrilha atraiu dezenas de famílias sonhando com a casa própria, talvez centenas, que perderam somas que variou de R$ 2,5 mil a R$ 25 mil cada.


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