25 NOV 2024 | ATUALIZADO 08:34
EDUCAÇÃO
22/09/2021 18:07
Atualizado
22/09/2021 18:12

Segunda edição do concurso literário infantil Dia da Criança Autora recebe inscrições até sábado (25)

O concurso é realizado pelo projeto Historinha para Contar. As inscrições podem ser feitas exclusivamente através do formulário disponibilizado no site do projeto. Podem participar crianças com idade entre 5 e 12 anos, inscritas e representadas por seus pais ou representantes legais. “É preciso estimular o lúdico na vida das crianças, só assim podemos descobrir talentos e proporcionar momentos de descontração e crescimento no ambiente familiar como um todo”, diz o idealizador do projeto e do concurso Rodrigo Vaz.
FOTO: CEDIDA

Falta menos de uma semana para o encerramento das inscrições do concurso literário infantil Dia da Criança Autora, realizado pelo projeto Historinha para Contar. O concurso, que teve a primeira edição realizada no ano passado, totalmente virtual, em decorrência da pandemia, tem como objetivo possibilitar às crianças a escrita de suas próprias histórias.

As inscrições podem ser feitas até 25 de setembro, exclusivamente através do formulário disponibilizado no site do projeto. Podem participar crianças com idade entre 5 e 12 anos, inscritas e representadas por seus pais ou representantes legais.

“É preciso estimular o lúdico na vida das crianças, só assim podemos descobrir talentos e proporcionar momentos de descontração e crescimento no ambiente familiar como um todo. Na edição passada, nos surpreendemos com a riqueza de conteúdos que recebemos e vimos como o imaginário pode sair da cabeça das crianças e ganhar forma no papel”, revela o idealizador do projeto e do concurso Rodrigo Vaz.

Será aceita apenas uma história por criança com as seguintes características: curtas, divertidas e inéditas, digitadas com tamanho máximo equivalente a uma página em word (fonte Arial 11, com espaçamento simples). Os pequenos autores interessados em ilustrar a sua história deverão desenhar a próprio punho, sem texto e, no máximo, nove ilustrações, em folha de papel branco.

Entre as melhores historinhas, será escolhido um escritor ou escritora mirim de cada categoria 5 a 8 anos e 9 a 12 anos. A criança selecionada ganhará a publicação de sua história infantil inscrita em formato digital, no dia 12 de outubro, no  @Historinhaspracontar e em formato e-book, na Amazon Kindle + um voucher com 50% de desconto para a publicação impressa.

Philipe Hofmann, 7, está participando pela primeira vez do concurso. A administradora Juliana Maciel, 39, é mãe do pequeno e revela que, com certeza, não será a última.

“O exercício de tornar sua história em um livro e fazer as ilustrações estreitou a relação do Philipe com a leitura e escrita neste primeiroano de Ensino Fundamental. Ao inscrevê-lo no concurso, estamos reafirmando sua autoconfiança e estimulando sua autenticidade. Ele curtiu tanto que participará dos próximos, independentemente do resultado. O processo já foi em si a melhor experiência”, atesta.

Usuário assíduo da biblioteca da escola, Philipe usa a criatividade no dia a dia e tira de letra as diversas disciplinas, desde matemática até literatura.

“Ele sempre gostou de números e é fera em matemática. Além disso, nós sempre o estimulamos através do hábito diário da leitura, indo a livrarias, apresentando a biblioteca como opção de entretenimento. E, nesse momento atual e virtual, descobrimos também ótimas opções on-line de contação de histórias”, pontua Juliana.

Já para a jornalista Michelle Badilla, mãe da pequena Isabella Barreto, 6, o concurso é uma porta para as pessoas que desejam ingressar no mundo da literatura como protagonistas das suas histórias. A pequena vai participar do concurso pela primeira vez, mas já tem até o nome do primeiro livro em mente: Bella e o Mar.

“A Isabella sempre teve a ideia de escrever um livro, criou a história e ela mesma fez os desenhos. Eu achei muito interessante e comecei a procurar editoras que pudessem imprimir o livro ou transformá-los em e-book. Foi assim que conheci o Historinha e descobri que iria ter o concurso”, conta.

A pequena Isabella ainda não sabe ler, mas está sempre atenta às histórias contadas pela mãe, memoriza e, a partir disso, cria suas próprias narrativas. Por isso, além de incentivar a filha dentro de casa, a mãe defende a iniciativa do projeto Historinha para Contar na formação educacional das crianças.

“Uma editora como o Historinha fomentando os sonhos das crianças é muito importante, mas é preciso também que os pais inscrevam e incentivem os seus filhos, pois só assim teremos mais crianças querendo criar histórias e desenhos”, afirma.


Sobre o Historinha para Contar

Da necessidade de criar novas histórias para contar para a filha na hora de dormir, no final de 2018 nasceu o Historinha para Contar. A comunidade literária hoje conta com mais de 40 mil seguidores em seu Instagram e diversos livros ilustrados e publicados, de maneira gratuita ou com preço acessível.

O engenheiro Rodrigo Vaz e sua esposa, a turismóloga Vivian May, não imaginavam que algo que nasceu de maneira despretensiosa ganhasse tamanha proporção.

“Somos apaixonados pela escrita, pela leitura e começamos o projeto no Instagram com a ideia de divulgar histórias infantis de maneira gratuita. Aos poucos, fomos produzindo livros, ilustrando e os distribuindo na internet com o intuito de difundir a leitura de maneira geral. Até que tomamos uma proporção tão grande que nos tornamos uma editora digital”, comemora Vivian.

Lançada no ano passado, a editora digital busca dar a voz as pessoas que querem abordar temas relevantes e que não têm condição de arcar com os custos de uma editora do mercado tradicional. A divulgação das histórias é feita através de posts curtos no Instagram. As ilustrações dos livros são feitas pelas crianças e por ilustradores parceiros.

Entre publicações físicas e digitais, mais de 140 obras já foram lançadas no mercado, todas com o diferencial de ampliar o acesso à leitura de forma gratuita, fomentar a produção de novos títulos e gerar renda para escritores, ilustradores e todos os outros atores envolvidos no processo.

“Viabilizamos publicações com valores mais acessíveis. Queremos que nossa receita cresça pelo volume e não pela margem de lucro”, conclui Vaz.


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