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NACIONAL
COM INFORMAÇÕES DO G1
07/10/2021 18:16
Atualizado
07/10/2021 18:17

PF tem 30 dias para tomar depoimento de Bolsonaro no inquérito sobre interferência na instituição

A determinação foi dada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (7). Dentro desse prazo, o presidente poderá marcar dia e hora para ser interrogado, presencialmente, sobre a acusação do ex-ministro Sergio Moro: a de que o Bolsonaro agiu para blindar aliados e familiares de investigações.
FOTO: REPRODUÇÃO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quinta-feira (7) que a Polícia Federal tome em 30 dias — presencialmente — o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura se ele interferiu politicamente na instituição.

Dentro desse prazo, Bolsonaro poderá marcar dia e hora para ser interrogado sobre a acusação do ex-ministro Sergio Moro: a de que o presidente agiu para blindar aliados e familiares de investigações.

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A decisão de Moraes foi tomada após a Advocacia-Geral da União (AGU) ter informado nesta quarta-feira ao Supremo que o presidente admite prestar o depoimento pessoalmente.

A comunicação foi feita minutos antes de o STF começar o julgamento que iria discutir o modelo do depoimento do presidente, se presencial ou por escrito.

A AGU defendeu anteriormente que o depoimento fosse por escrito por causa do cargo, o que não foi acolhido pelo relator original do caso, o ministro Celso de Mello, que se aposentou no ano passado.

Celso de Mello entendeu que o presidente só tem a prerrogativa de depor por escrito quando figura como testemunha em um inquérito. Neste caso, Bolsonaro é investigado.

Ao determinar o prazo para o depoimento, Alexandre de Moraes arquivou recurso da AGU contra a decisão de Celso de Mello.

Nesta quarta (6), depois de a AGU ter informado sobre a intenção de Bolsonaro depor presencialmente, o julgamento no STF acabou suspenso para Moraes avaliar se o recurso ainda deveria ser julgado.

Segundo interlocutores da AGU, Bolsonaro fez um aceno ao Supremo, numa tentativa de mostrar que não estava disposto a criar um novo confronto.

Ministros do Supremo ouvidos pela TV Globo avaliam que o presidente somente se antecipou ao plenário, uma vez que a tendência era de que a maioria determinasse que ele teria de prestar esclarecimentos de forma presencial a um delegado.


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