29 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:22
NACIONAL
DA REDAÇÃO E COM INFORMAÇÕES DA CNN
09/02/2022 08:50
Atualizado
09/02/2022 08:50

Declarações de Monark e de Kataguiri sobre o nazismo serão investigadas da PGR

O procurador-geral Augusto Aras determinou a instauração de um procedimento para que seja investigado se o deputado federal Kim Kataguiri (DEM – SP) e se Bruno Aiub, conhecido como Monark, cometeram o crime de apologia ao nazismo no Flow Podcast. Monark foi desligado do podcast nesta terça (8) diante da repercussão negativa do caso. Em um episódio na segunda-feira (7) com a participação de Kataguiri e da também deputada Tabata Amaral (PSB – SP), ele defendeu a possibilidade de criação de um partido nazista no Brasil.
FOTO: REPRODUÇÃO

A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou, nesta terça-feira (8), a abertura de uma investigação sobre declarações dadas no Flow Podcast a respeito da criminalização do nazismo.

Segundo a PGR, o procurador-geral Augusto Aras determinou a instauração de um procedimento para que seja investigado se o deputado federal Kim Kataguiri (DEM – SP) e se Bruno Aiub, conhecido como Monark, cometeram o crime de apologia ao nazismo no programa.

Criador do podcast, Monark foi desligado do podcast nesta terça (8) diante da repercussão negativa do caso. Em um episódio na segunda-feira (7) com a participação de Kataguiri e da também deputada Tabata Amaral (PSB – SP), Monark defendeu a possibilidade de criação de um partido nazista no Brasil.

De acordo com a PGR, o teor das declarações será analisado pela assessoria criminal de Augusto Aras em função de o caso envolver parlamentar com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Embora não possa se posicionar sobre o caso específico — que será devidamente apurado —, o PGR reitera posição contra o discurso de ódio já externada em mais de uma oportunidade”, afirmou a PGR, em comunicado divulgado na noite desta terça (8).

Pelo Twitter, o deputado Kim Kataguiri comentou: “É aterrador que o PGR, que sempre faz vista grossa para crimes que realmente aconteceram tenha agido tão rápido. Quando há claros indícios de crime cometido pelo presidente da República, Augusto Aras nada faz”.

MONARK

Monark chegou a se desculpar após a repercussão negativa do caso. Afirmou que estava bêbado no momento em que deu as declarações e se desculpou com a comunidade judaica “pela insensibilidade” com que os tratou.

Mas esta não foi a primeira vez que o Podcaster deu declarações polêmicas. Em outubro de 2021 ele questionou, em uma postagem no Twitter, se 'opinião racista é crime'.

"É a ação que faz o crime e não a opinião". O advogado Augusto de Arruda Botelho respondeu: "Não, Monark, uma opinião racista pode ser um crime de injúria racial, por exemplo. Posso te dar outros exemplos”. Monark questionou: "Ter uma opinião racista é crime?"

Também em outubro de 2021, em uma entrevista com o humorista Antonio Tabet, Monark comparou homofobia com gostar de refrigerante. Quando Tabet fala sobre pessoas que dizem "eu acho que gay tem que apanhar na Avenida Pauista", Monark cita pessoas que gostam de refrigerante e diz que o direito delas de expressar este gosto deveria ser o mesmo de pessoas expressarem sua homofobia.

Já em 2020, ele defendeu que alguém possa ter "fetiches de pedofilia na internet". "Você não acha melhor um cara fantasiando com seus fetiches pedófilos na internet do que pondo em prática?", Monark perguntou.

Os outros participantes do podcast defenderam que pedofilia não tem cabimento de qualquer forma, que é um crime, que necessita de tratamento e que a prática na internet não vai "aliviar" a pessoa, como Monark defende, mas sim incentivar este comportamento.


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