28 MAR 2024 | ATUALIZADO 08:36
EDUCAÇÃO
ANNA PAULA BRITO
14/03/2022 15:15
Atualizado
14/03/2022 15:24

Egresso do IFRN de Pau dos Ferros ganha bolsa completa em universidade dos EUA

Filho de agricultores, natural de Alexandria e criado em Bom Sucesso, no interior da Paraíba, Moizés Henriques da Silva Almeida, de 19 anos, foi aprovado para cursar graduação em Ciências da Computação na Escola de Artes e Ciências da Tufts University, no estado de Massachussetts. Moizés concluiu o ensino médio profissionalizante em janeiro deste ano, no campus do IFRN de Pau dos Ferros, onde cursou informática e se apaixonou pela área de tecnologia.
Paraibano egresso do IF de Pau dos Ferros ganha bolsa completa em universidade dos EUA. Filho de agricultores, nascido em Bom Sucesso, no interior da Paraíba, Moizés Henriques da Silva Almeida, de 19 anos, foi aprovado para cursar graduação em Ciências da Computação na Escola de Artes e Ciências da Tufts University, no estado de Massachussetts. Moizés concluiu o ensino médio profissionalizante em janeiro deste ano, no campus do IFRN de Pau dos Ferros, onde cursou informática e se apaixonou pela área de tecnologia.
FOTO: CEDIDA/ARQUIVO PESSOAL

A área de tecnologia é considerada uma das mais promissoras e onde estão situadas as profissões do futuro. É esse caminho que o paraibano Moizés Henriques da Silva Almeida, de 19 anos, vai seguir.

O jovem, egresso do curso de informática do campus do IFRN de Pau dos Ferros, ganhou uma bolsa completa para cursar graduação em Ciências da Computação na Escola de Artes e Ciências da Tufts University, localizada em Boston, estado de Massachussetts, nos Estados Unidos.

Filho dos agricultores Mônica Simone e Reginaldo Henriques, Moizés nasceu no município de Alexandria, mas foi criado em Bom Sucesso, no interior da Paraíba. Durante o ensino médio, ele precisou se deslocar diariamente de sua cidade à Pau dos Ferros, uma distância de cerca de 50 km.

Ele contou à reportagem do MOSSORÓ HOJE que todos os dias ele ia de Bom Sucesso à Alexandria e, de lá, pegava um transporte para o campus.

Diz que o sonho dele sempre foi estudar no IFRN, mas que ao ser aprovado, não sabia quase nada sobre o curso de Informática, mas foi a partir daí que se apaixonou pela área que vai levá-lo para mais perto dos seus objetivos.

“Foi uma transição difícil, uma escola nova, pessoas novas, um caminho novo (e demorado até chegar lá rsrs), mas o IFRN era meu sonho, então eu sempre estive disposto a fazer dar certo. À medida que o tempo foi passando, eu fui me adaptando ao curso e ao ensino, tanto que eu me apaixonei pela área da programação e resolvi seguir nela”, conta.

Autodidata, Moizés aprendeu inglês estudando sozinho, visto que a cidade onde ele mora não dispunha de curso na área. A partir daí, ele conheceu as oportunidades para estudar fora do país.

“Em 2019 eu decidi aprender inglês. Como eu moro na zona rural e numa cidade pequena, não tinha nem a possibilidade de fazer um curso de inglês. Eu aprendi inglês sozinho mesmo, com o que eu ia vendo na internet. Foi depois de realmente ter uma imersão na língua e na cultura que eu descobri as oportunidades internacionais”, explica.

Em uma dessas oportunidades, o jovem foi selecionado, juntamente com outros 19 brasileiros, pelo Programa Oportunidades Acadêmicas, do EducationUSA (órgão do Departamento de Estado dos EUA) para receber mentoria para aplicar em universidades americanas.

“Eles viram potencial em mim e eu acreditei que era possível, junto com minha família. Segui todo o processo: fiz prova de proficiência, prova americana padronizada, dezenas de redações, formulários e entrevistas. Nesse processo eu conheci a Universidade de Tufts, e logo me vi estudando lá. Uma comunidade colaborativa e próxima, um dos melhores ensinos dos EUA, uma localização ótima e cheia de oportunidades que eu estava procurando”, diz.

O resultado da aprovação de Moizés saiu no dia 3 de fevereiro. “Tufts me aceitou. Para mim, foi a realização de um sonho, não só meu, mas de toda minha família. Foi um momento muito especial, de muita alegria e comemoração”.

O rapaz já vai embora para os EUA no final de agosto deste ano. Ele conta que apesar de os pais ficarem de coração apertado pela distância e de já terem chorado muito, também estão muito felizes e seguem apoiando e ajudando em tudo que ele precisa organizar para a viagem.

“Meu pai sempre me fala que quer me ver feliz, não importa onde eu esteja. A saudade aperta, mas vamos passar por isso juntos”, concluiu.


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