18 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:24
ESTADO
31/03/2022 10:42
Atualizado
31/03/2022 10:44

RN assina memorando de entendimento com a Vestas para estudos sobre novo porto

O memorando foi assinado nesta quarta-feira (30). O porto-indústria terá entre suas finalidades o suporte a projetos de geração eólica offshore e de produção de hidrogênio verde no Estado. A Vestas é o maior fabricante de turbinas eólicas onshore e offshore do mundo e o RN tem o maior potencial do Brasil para a produção de energias sustentáveis.
FOTO: EDILEUSA MARTINS

O Governo do Rio Grande do Norte assinou, nesta quarta-feira (30), memorando de entendimento com a Vestas do Brasil.

O objetivo é dar prosseguimento aos estudos técnicos destinados à implantação de um porto-indústria que tenha entre suas finalidades o suporte a projetos de geração eólica offshore e de produção de hidrogênio verde no Estado.

A reunião, que contou com a presença do diretor de Assuntos Institucionais e Governamentais da Vestas, Leonardo Euler, é um desdobramento da visita que a governadora Fátima Bezerra fez à Dinamarca no início de novembro do ano passado, em busca de investimentos para o RN.

A Vestas é o maior fabricante de turbinas eólicas onshore e offshore do mundo e o RN tem o maior potencial do Brasil para a produção de energias sustentáveis.

“Estamos trabalhando para que a geração de energia eólica no mar comece pelo Rio Grande do Norte. Temos os melhores ventos, mão de obra qualificada e estamos construindo a infraestrutura para isso", disse a governadora Fatima Bezerra, em referência ao projeto de construção de um novo porto.

Estudos realizados pela equipe do professor Mário González, da UFRN, levantaram o potencial de quatro localidades. O RN é líder nacional com 6,6 gigawatts de capacidade instalada onshore (em terra) e mais 140 GW no mar.

"Estamos avançando para que o nosso estado esteja bem posicionado quando for realizado o primeiro leilão para geração de energia offshore (no mar)”, acrescentou Fátima.

A Vestas opera um centro de serviços (Vestas Warehouse - Service Center), em Parnamirim, único da empresa no Brasil. Na reunião de hoje, o presidente da Federação das Indústrias (Fiern), Amaro Sales, renovou o pedido, endossado pela governadora, de que a empresa amplie sua participação no Rio Grande do Norte instalando uma planta industrial no Estado.

"Leve nossa sugestão ao CEO da Vestas e diga a ele de nossa alegria e satisfação de estarmos assinando este memorando de entendimento", sugeriu a governadora.

"No Estado que tem a maior produção de energia, a maior indústria do mundo na área de equipamentos eólicos não pode ficar de fora. Por sua capacidade de produção [de energias renováveis], o RN hoje é visto de uma forma diferente pelo mundo e não apenas pelo Brasil. Não existe país rico se não tiver uma indústria desenvolvida, com empregos, renda e vida melhor para seu povo", reforçou o presidente da Fiern.

Em nome da Vestas, Leonardo Euler agradeceu à governadora pela oportunidade de colaborar com uma agenda tão importante.

“Nossa missão é trazer subsidio técnico e contribuir para um salto tão expressivo do desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Para a Vestas, é uma satisfação participar desse processo”, disse Euler, que presidiu a Agência Nacional de Telecomunicações Anatel no período de 2018 a 2021.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado, a presença da Vestas no projeto do porto é uma referência para fabricantes e investidores.

“Esta é uma reunião muito importante. Aqui estão o maior fabricante de aerogeradores do planeta, a Federação das Indústrias, a Universidade e todo o governo. É o Rio Grande do Norte integrado para vencer esse problema de muitas décadas, que é ter um porto moderno, sintonizado com o presente e com o futuro.”

Coordenador do estudo que levantou as potencialidades das áreas onde o porto-indústria poderá ser instalado, o professor Mario González lembrou que as tecnologias para produção de energia sustentável “vão permitir que as novas gerações possam habitar o planeta Terra”.

Também participaram da reunião o secretário de Infraestrutura, Gustavo Coelho; o adjunto da Secretaria de Tributação, Álvaro Bezerra; o adjunto da Sedec, Sílvio Torquato; o coordenador de Desenvolvimento Energético da Sedec, Hugo Fonseca. O Idema foi representado pelo diretor técnico Werner Farkatt e pelo assessor técnico Kepler Brito.


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