Com limitações na capacidade de conexão, empresas produtoras de energia eólicas e solares, com pretensões de investimentos no Rio Grande do Norte, decidiram retirar seus projetos do leilão de energia de reserva, promovido pelo governo federal na sexta-feira (13)
A expectativa é que no próximo evento, que deve acontecer em fevereiro de 2016 (A-5), o cenário de investimento seja mais vantajoso.
Na sexta, o leilão contratou 1.477,5 megawatts em usinas eólicas e solares. Os projetos eólicos estão localizados em três estados do Nordeste, com destaque para Bahia, com 18 empreendimentos. O RN ficou com apenas 1 empreendimento.
Já na fonte solar fotovoltaica, dos 33 empreendimentos leiloados, o RN ficou com apenas 5, de 140 MW.
Para o Diretor Presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Jean-Paul Prates, apesar de denotar estagnação, o resultado não demonstra falta de interesse das empresas no RN.
“O que acontece é que a sobra de pouco mais de 800 megawatts de conexão que o Estado tem foi reservada pelo Ministério de Minas e Energia para o mercado livre, o que deixou o RN diante de um cenário de capacidade de conexão zerada. Diante disso, o posicionamento estratégico das empresas com prospecção no RN foi retirar os projetos para aguardar o próximo leilão (A-5)”, explicou Prates.
O Diretor setorial de Energia Eólica do CERNE, Luiz Galdino, esclareceu que o bom resultado da Bahia no leilão se deu devido ao Estado estar em situação inversa à do RN.
“A Bahia entrou com capacidade de conexão nova, recém ativada. É natural que as empresas priorizem os projetos de lá, que serão entregues em espaço de tempo mais curto para começar a produzir”, ressalta.