O Tribunal do Júri Popular da Comarca de Mossoró volta se reunir nesta terça-feira (11), no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, para julgar a culpa de Erivagner Lucas Martins da Silva, conhecido por "Olho de peixe", no homicídio do vigilante Isaias de Oliveira Gomes.
O crime aconteceu por volta das 17h40 do dia 30 de março de 2022, no Papoco, região do Alto de São Manoel.
Erivagner Lucas já está preso, tendo sido condenado pelo TJP em outubro de 2022, a 12 anos de prisão, pelo homicídio de Vinicius Emerson Silva Cosme.
Nesta terça, o júri popular está previsto para ser iniciado por volta das 9h30, sob a presidência do Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros.
O CASO
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte, com base nos autos do inquérito policial, por volta das 17h do dia 30 de março de 2022, o acusado, juntamente com um comparsa identificado como Paulo Felipe de Araújo, conhecido por “Pamonha” (assassinado poucos dias depois, em 16 de abril de 2022), chegou a casa da vítima, onde também estava a esposa dele, pediram água e se identificaram como membros de uma facção criminosa.
Em seguida, tiraram fotos do casal e enviaram para outros membros da facção, a fim de saber se Isaías e sua esposa faziam parte de uma facção rival. Também solicitaram os celulares dos dois para ver fotos e mensagens.
Após receberem a negativa, informando que o casal não tinha envolvimento com qualquer ilícito, eles se despediram e deixaram o local.
Cerca de 40 minutos depois, Isaias saiu para trabalhar como vigia de bomba de água de uma empresa e acabou sendo assassinado a tiros no caminho.
Em depoimento à polícia, a esposa da vítima contou que ouviu os disparos e viu Erivagner e seu comparsa saindo correndo do local do crime. Ela então foi até o local e já encontrou o marido sem vida.
Ainda de acordo com MPRN, Erivagner matou Isaias apenas porque ele e sua esposa haviam morado anteriormente em um bairro dominado por uma facção rival e o réu acreditava que a vítima poderia levar informações do bairro.
Diante disto, a promotoria deverá pedir a condenação do réu pelo crime de homicídio qualificado, tendo como qualificadora a motivação torpe e sem chances de defesa da vítima.