A exploração de petróleo na margem equatorial no Brasil vai começar pelo Rio Grande do Norte. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), confirmou, nesta sexta-feira, a liberação de licença de operações para a Petrobras iniciar a exploração de petróleo no Campo de Pitu, que fica na costa do Rio Grande do Norte.
A decisão será publicada no Diário Oficial da próxima segunda-feira (02). Segundo o Ministério de Minas e Energia, esta foi a primeira licença de exploração expedida pelo IBAMA para explorar a Margem Equatorial, que vai do litoral do Rio Grande do Norte ao Estado do Amapá. Inicialmente, o pedido havia sido feito para a exploração começar pelo Amapá.
Entretanto, o IBAMA não liberou a licença, alegando que a região é a foz do Rio Amazonas, apesar que tecnicamente a área que a Petrobras queria perfurar poços ficasse a uma distância de quase 600 quilômetros da costa do Amapá e da foz do Rio Amazonas. Impedido de perfurar, a sonda foi transportada para o litoral do Centro do Oeste do Brasil.
Com a liberação da licença para o pré-sal no litoral do Rio Grande do Norte, a previsão é logo nos próximos dias o navio sonda já esteja se deslocando para iniciar os trabalhos na Bacia Potiguar. A Petrobras projeta investir, nos próximos cinco anos, 3 bilhões de dólares (R$ 15 bilhões, pelo câmbio atual) na margem equatorial, formada por quatro bacias sedimentares, além da Potiguar.
"Isso significa um novo ciclo de desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Norte liderado pela Petrobras. É um incremento para nossa economia, tendo em vista a capilaridade com a cadeia produtiva de petróleo e gás, gerando emprego e renda para o povo, além do incremento das receitas tributárias para o Estado e de royalties para os municípios", comemorou a governadora Fátima Bezerra.
Além da licença ambiental, o Ibama também autorizou a limpeza de casco da sonda que será deslocada para o Rio Grande do Norte nos próximos dias. O campo fica a cerca de 60 quilômetros da costa potiguar e a perfuração deverá atingir a uma profundidade de 4.200 metros de profundidade.
Sob o comando do ex-senador Jean Paul Prates, a Petrobras projeta investir muitos recursos também na produção de energia eólica no mar, assim como na produção de hidrogênio. Projeto neste sentido, já estão em andamento, com investimento inicial de R$ 130 milhões em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias.
Segundo Jean Paul Prates, em recente entrevista em rede nacional, serão instalados três torres eólicas testes nas imediações do Porto Ilha, de Areia Branca. Ele analisa que o litoral do Rio Grande do Norte, por ser raso, é um dos melhores locais do mundo para se produzir energia eólica no mar e também em terra.