Fim do hospital de custódia pode colocar assassino de crianças em liberdade

Entre os 10 custodiados perigosos que devem ganhar liberdade, para receber atendimento psiquiátrico da rede psicossocial em suas cidades, está o mossoroense Marcelo Pereira Sena, hoje com 41 anos, que confessa friamente ter matado uma criança de 10 anos, no Redenção, em Mossoró, no ano de 1999, e outra em Assu, da mesma idade, sete anos depois. Sindicato dos Médicos no Rio Grande do Norte questiona fechamento dos hospitais de custódia, alegando que a rede psicossocial das Prefeituras não tem estrutura adequada para atender pacientes acusados de crimes hediondos.

O prazo final para fechar os hospitais de custódia no Brasil é 28 de agosto deste ano. No Rio Grande do Norte, a unidade fica na zona norte de Natal e têm cerca de 10 custodiados, que, com o fechamento, devem ficar em liberdade, recebendo “cuidados” psiquiátricos na rede de atenção psicossocial instalados pelas Prefeituras Municipais.

A informação é da Tribunal do Norte.

Porém, segundo o presidente do Sindicato dos Médicos no Rio Grande do Norte, Médico Geraldo Ferreira, a rede de atenção psicossocial no Rio Grande do Norte não está preparada para receber estes pacientes, em especial alguns são acusados de crimes hediondos.

É o caso do psicopata mossoroense Marcelo Pereira Sena, atualmente com 41 anos, que está recolhido no Hospital de Custódia, em Natal, por matar a pauladas uma criança de dez anos em Mossoró, no ano de 1999, e sete anos depois matar outra criança da mesma idade, usando uma faca, na cidade de Assú. Nos dois casos, ele tentou ter relações sexuais com as crianças e depois a matou e jogou os corpos no lixo. Ele confessa estes dois crimes.

Inclusive, em 2018, Marcelo Sena conseguiu fugir do Hospital de Custódia, em Natal, e a polícia do Rio Grande do Norte fez uma grande mobilização para localizá-lo o prendê-lo, o que terminou acontecendo na cidade de Ipanguaçu.