A atividade econômica brasileira apresentou crescimento de 1,1% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao primeiro. Em junho, na comparação com maio, o PIB mostrou crescimento de 1,4%.
Esses resultados foram obtidos na série com ajuste sazonal, divulgada nesta sexta-feira (16), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Na comparação interanual a economia cresceu 2,9% no segundo trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, e cresceu 2,9% em junho deste ano. A taxa acumulada em 12 meses até junho foi de 2,3%.
“O desempenho do PIB, com crescimento de 1,1%, mostra que a economia segue crescendo de forma robusta pelo segundo trimestre consecutivo. Esse desempenho trimestral tem forte influência do mês de junho, que foi o que apresentou maior crescimento no trimestre. Pelo lado da demanda, todos os componentes apresentaram crescimento. Destaca-se a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) que cresceu 3,3% no segundo trimestre, e sinaliza o aumento da capacidade produtiva, que tende a contribuir para o crescimento futuro.”, segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.
Em termos monetários, estima-se que o PIB do segundo semestre de 2024, em valores correntes, tenha sido de 5,437 trilhões de Reais.
Consumo das famílias cresceu 5,3% no segundo trimestre
O consumo segue com crescimento em todas as suas categorias, sendo os principais destaques o consumo de produtos não duráveis, produtos duráveis e de serviços.
Cabe mencionar a aceleração do crescimento de consumo de duráveis, que cresceu 13,7% no trimestre, a maior taxa deste segmento desde o trimestre findo em julho de 2021.
FBCF cresceu 7,3% no segundo trimestre
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 7,3% no segundo trimestre com grande destaque para o componente de máquinas e equipamentos. A elevada contribuição deste segmento no segundo trimestre foi influenciada principalmente pelos produtos importados.
Exportação cresceu 6,4% no segundo trimestre
Após ter apresentado desaceleração do crescimento no início de 2024, as exportações voltaram a crescer de forma elevada no segundo trimestre. Este desempenho foi fortemente influenciado pela exportação de produtos da extrativa mineral.
Importação cresceu 16,3% no segundo trimestre
O crescimento de 16,3% da importação no segundo trimestre é o maior desde o trimestre findo em outubro de 2021. Destacam-se nessa aceleração a importação de bens intermediários e bens de consumo.
TAXA DE INVESTIMENTO
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2024 foi de 17,8%, na série a valores correntes; acima da taxa de investimentos média desde 2015 e um pouco abaixo da taxa de investimentos média desde 2000.
O Monitor do PIB não é o indicador oficial do PIB, mas serve como uma prévia dos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através de seu Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. O PIB oficial do segundo trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de setembro.