O Conselho do Gundo de Garantia (FGTS) liberou R$ 21,7 bilhões a mais para aumentar as linhas de financiamento para compra da casa própria. Os recursos vão para linhas que vão beneficiar principalmente a construção de imóveis novos e para financiar imóveis de trabalhadores com conta no fundo.
O aumento dos recursos do FGTS para o crédito imobiliário deverá compensar as perdas que as linhas de financiamento tiveram a partir do ano passado com a redução dos depósitos da caderneta de poupança. Uma parte do que é depositado na poupança é canalizada psrs financiar a construção e a compra de imóveis.
O ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, afirmou que o aumento em quase 25% do orçamento total do fundo será "uma contribuição importante" para a oferta de crédito e a geração de emprego no país, prevendo que os recursos novos nas linhas podem gerar a construção de 140 mil imóveis.
Os novos recursos liberados pelo FGTS são de duas linhas de crédito. Serão R$ 11,7 bilhões para aumentar o financiamento direto aos compradores de imóveis, sendo que a maior parte, R$ 8,2 bilhões, vão ser usados na chamada linha Pró-Cotista.
Essa linha de crédito é para trabalhadores com renda acima de R$ 6,5 mil poderem comprar imóveis entre R$ 225 mil e R$ 750 mil (os valores podem variar a depender da região). As taxas de juros para a compra de imóvel por essa linha (TR + 8,66% ao ano) não foram modificadas.
Outra parte do dinheiro será usada pelos bancos para comprar as chamadas CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários). Nesse caso, os bancos captam o recurso no Fundo, remunerando-o a 7,5% ao ano, e podem comprar esses certificados, emitidos pelas construtoras, sobre o qual exigem juros maiores.
As construtoras usam esses recursos para construir imóveis novos, mas também podem usá-los para financiar a compra de imóveis já construídos.
Segundo Quenio Cerqueira, secretário-executivo do FGTS, os R$ 10 bilhões para a compra de CRI é o maior orçamento que essa linha já teve do FGTS e serão distribuídos na medida dos pedidos.