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ECONOMIA
Da redação / Valor Econômico
29/04/2016 13:43
Atualizado
14/12/2018 07:20

Brasil e Peru assinam acordo de livre comércio para setor automotivo

Foram assinados acordo de compras públicas, de serviços, facilitação de investimentos e para liberação do comércio automotivo. Os dois países poderão vender, entre si, veículos leves e picapes sem pagamento de imposto
Divulgação Renault

O Brasil e o Peru assinaram hoje uma série de acordos para facilitar negócios e investimentos bilaterais. De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, empresas brasileiras passaram a ter condições semelhantes às oferecidas pelo país andino à companhias dos Estados Unidos, México, Coreia do Sul e outros que têm acordo de livre comércio com o Peru.

Foram assinados acordo de compras públicas, de serviços, facilitação de investimentos e para liberação do comércio automotivo. Este último, afirmou Monteiro em entrevista, terá efeito imediato e reduzirá as tarifas cobradas sobre a exportação de veículos leves brasileiros ao Peru de até 6% para zero. Os demais acordos terão ainda que passar pelos Congressos dos dois países.

"O acordo automotivo equipara nossa condição aos mexicanos e coreanos, que hoje têm posição dominante no mercado peruano", disse Monteiro, referindo-se à redução das tarifas prevista no acordo. "É um salto muito expressivo e substantivo".

Segundo o ministro, hoje o mercado peruano de automóveis é de 200 mil unidades por ano e o Brasil só vende ao país cerca de 4,5 mil unidades. Ele disse esperar que o Brasil possa vender até 30 mil veículos por ano no curto prazo, o que poderia gerar um saldo de US$ 250 milhões para a balança comercial brasileira no período.

O acordo de contas públicas prevê que empresas brasileiras deixem, por exemplo, de apresentar caução ou outras garantias em licitações, um mercado US$ 13 bilhões por ano. Já o acordo de serviços, segundo o ministro, deve favorecer as empresas brasileiras nos setores de engenharia, arquitetura e educação.

Compras do governo
Também foi assinado nesta sexta com o governo peruano um acordo de compras governamentais. É o primeiro assinado pelo Brasil nessa área. Isso significa que as empresas brasileiras terão facilidades para participar de licitações promovidas pelo governo peruano.

"Os acordos de nova geração não olham só tarifas", disse Monteiro. Segundo ele, o Peru gasta cerca de 13 bilhões de dólares por ano em compras públicas. O acordo, no entanto, precisa ser internalizado pelos dois países, com aprovação pelos Congressos.

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