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MOSSORÓ
Da redação
14/07/2016 07:00
Atualizado
12/12/2018 19:08

PF combate extração e comércio ilegais de madeira; Mossoró é alvo da Operação

Operação Hymenaea foi deflagrada nesta quinta-feira (14), nos estados do Maranhão, RN e Ceará. Madeira ilegal era extraída em reserva indígena.
Valéria Lima / MH

A Polícia Federal, em conjunto com o IBAMA e o Ministério Público, deflagrou na manhã desta quinta-feira (14) a Operação Hymenaea, com o objetivo de combater grupo criminoso ligado à extração e à comercialização de grandes quantidades de madeira ilegal, provenientes da Terra Indígena Caru e da Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão. Entre as cidades envolvidas no esquema, estão Mossoró, Tibau, Parnamirim e Natal.

Em Mossoró, estão sendo cumpridas ordens de busca e apreensão no IDEMA.

Mais de 300 policiais federais, apoiados por servidores do IBAMA e por policiais do BOPE de Brasília e do Rio de Janeiro, estão dando cumprimento a 77 medidas judiciais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária, 56 mandados de busca e apreensão, bem como à suspensão da certificação de 44 empresas madeireiras.

No último dia 24 de junho, a Polícia Rodociária Federal apreendeu três caminhões que transportavam madeira ilegal do Maranhão para o Rio Grande do Norte.

Leia: PRF apreende cargas de madeira ilegal no MA que viriam para o RN

A ação da PF acontece nas cidades de São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Açailância, Zé Doca, Alto Alegre do Pindaré, Bom Jardim, Governador Nunes Freire, todas no estado do Maranhão. No Rio Grande do Norte: Tibau, Mossoró, Parnamirin e Natal, e em Icapuí no estado do Ceará.

A organização criminosa atuava extraindo ilegalmente madeira das reservas indígenas. Esse material era “esquentado” por meio de documentação fraudulenta para o transporte e retirada das áreas protegidas. Um membro da quadrilha era o responsável por emitir documentos destinados a microempresas laranjas, cadastradas como construtoras em pequenas cidades no interior do Rio Grande do Norte. Essa manobra servia para desviar a madeira para receptadores em todo o Nordeste brasileiro.

Os desmatamentos causaram danos ambientais gigantescos no último reduto da floresta amazônica na região nordestina. A organização criminosa fazia o corte seletivo de madeira nobre e espécies ameaçadas de extinção, de forma a acobertar o crime sob a copa das árvores de menor valor monetário. Segundo estimativas, o grupo teria movimentado valores da ordem de R$ 60 milhões.

As autoridades sequestraram mais de R$ 12 milhões de diversas pessoas físicas e jurídicas. Esses valores são provenientes da lavagem do dinheiro auferido com a extração ilegal da madeira.

Os investigados responderão por crimes como participação em organização criminosa, lavagem de capitais, roubo de bens apreendidos, obstar a fiscalização ambiental, desmatamento na Terra Indígena Caru, desmatamento na Reserva Biológica do Gurupi, receptação qualificada, ter em depósito produto de origem vegetal sem licença válida, corrupção ativa, tráfico de influência, dentre outros.

Leia: IDEMA diz que está colaborando com investigação da Polícia Federal

Com informações da PF

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