O Conselheiro Nacional do Ministério Público, Antônio Pereira Duarte, em reunião na manhã desta segunda-feira, 04, em Natal, falou sobre mortes resultantes de intervenções policiais e demais crimes praticados por policiais no país. Na ocasião o conselheiro afirma que dados empíricos mostram que o número de mortes por policiais tem aumentado no Brasil.
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“Se não temos pena de morte na Constituição, não podemos ter pena de morte nas ruas. Que o traficante mate não nos causa surpresa, mas que a polícia mate por matar é absolutamente intolerável”, ressaltou Antônio Duarte, alertando que o Ministério Público não pode estar ao lado da polícia quando ela praticar equívocos.
Segundo o conselheiro nacional do Ministério Público, os números mostram que a polícia brasileira mata muito. E em geral, o perfil da vítima não é nenhum cidadão destacada da coletividade.
“O número de mortos por policiais, em geral, só aumenta na maioria dos estados, se esses dados existem esse é um problema nosso”, disse.
Para o Conselheiro do CNMP, o Ministério Público em cada estado deve ter o protagonismo esperado pela sociedade e contribuir para um sistema de segurança pública mais humanizado, com ações, entre outras, que permitam um controle maior do sistema penitenciário e transparência da gestão.
Durante a reunião, o Procurador-Geral da Justiça do RN, Rinaldo Reis Lima, ressaltou a importância da reunião para que o problema seja enfrentado com profissionalismo. “Aqui também temos tido mortes decorrentes da atividade própria da polícia, um tema que precisamos enfrentar e que exige todo o profissionalismo para termos a eficácia em investigações desse tipo”, disse.
A reunião aconteceu ao longo desta segunda-feira, 04, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, na Candelária, em Natal.
O encontro teve como objetivo discutir ações do Ministério Público para o combate a segurança no país.