15 MAR 2025 | ATUALIZADO 10:42
POLÍCIA
Da redação
25/09/2017 14:00
Atualizado
13/12/2018 03:36

"O Estado brasileiro perdeu a guerra", diz presidente do TJRN sobre violência desenfreada

Segundo Expedito Ferreira de Sousa, problema não é de hoje, e sim, consequência de anos de falta de investimento em educação e nas leis de segurança pública.
Cézar Alves/MH
"Eu acho que o Estado brasileiro perdeu a guerra para o sistema penitenciário e para as drogas". A declaração é do presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Expedito Ferreira de Sousa, durante entrevista a Rádio Rural de Mossoró, nesta segunda-feira (25).

"Infelizmente a realidade é essa", completou Expedito.

O desembargador frisou que o problema da violência pública, resultante, principalmente, do tráfico de drogas, não é de hoje, pelo contrário, é consequência de anos de falta de investimento na educação. 

"Isso foi uma política que não é desse governo, que vem de anteriormente, presídio não se constrói em um ou dois dias, são vários anos. Eu acho que o Estado não investiu na educação e nem nas leis de segurança pública, que deviam investir e nós estamos vendo consequência de governos anteriores, que vieram desaguar no governo de Robinson Faria", afirmou Expedito, em entrevista aos jornalistas Saulo Vale e Esdras Marchezan.

O quadro de violência do Rio Grande do Norte é realmente preocupante. Só este ano, já são mais de 1.800 homicídios - uma média anual de 2 mil crimes deste tipo. No país, a média chega a 60 mil homicídios anualmente.

Em Mossoró, a violência também é crescente. No ano passado, foram 217 homicídios; Este ano, 170 já foram registrados pela Polícia. O último aconteceu na tarde desta segunda-feira (25), na zona rural de Mossoró, saída para Governador Dix-Sept Rosado. 

Na cidade, crimes de roubo a residências e arrastões em unidades de saúde e escolas também cresceram. Um exemplo, é a Unidade de Educação Infantil Lindalva Oliveira, do bairro Barrocas. Só este ano, a creche foi assaltada oito vezes. Os criminosos chegaram, por diversas vezes, levar até a merenda que seria servida às crianças.

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