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SAÚDE
Com informações da Assembleia Legislativa do RN
29/08/2015 06:45
Atualizado
13/12/2018 18:11

Assassinato de jovens no RN representa 44%, mostra estudo

Dados foram divulgados durante audiência pública promovida na Assembleia Legislativa pela CPI do Senado que apura crimes contra jovens no Brasil
Cedida

Um estudo divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed/RN) revelou que o crime contra jovens até 24 anos corresponde a 44% dos assassinatos registrados no Estado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) durante audiência pública promovida na Assembleia Legislativa pela Comissão de Pesquisa e Investigação (CPI) do Senado Federal que apura os assassinatos de jovens no Brasil.

Os números apresentados pelo coordenador de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine) da Sesed, Ivenio Hermes, mostram que a maioria das vítimas dos assassinatos contra jovens são negros, do sexo masculino, e possuem entre 18 a 21 anos. O estudo é referente aos períodos de janeiro a agosto dos anos de 2013, 2014 e 2015.

“O nosso trabalho mapeia e registra os dados atualizados dos crimes ocorridos no Rio Grande do Norte, visando a redução desses números por meio da criação de políticas públicas direcionas para as causas desses crimes”, afirma Ivenio.

De acordo com a senadora Fátima Bezerra (PT), integrante da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado e propositora da audiência, os índices de homicídios contra jovens no Brasil cresceram significativamente. “No Rio Grande do Norte, esse índice cresceu quase 300% entre os anos de 2002 e 2012. O Brasil pulou da 20ª posição, em 1990, para a 8ª posição, no ano de 2012”, disse Fátima.

Para o relator da CPI, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o principal desafio da Comissão é contribuir para uma formulação e implantação de políticas públicas para juventude, como forma de contemplar as diversas dimensões das demandas e necessidades desse grupo social.

“A meta desta CPI, mais do que apenas apresentar projetos legislativos, é tentar forçar uma negociação política para que a gente consiga avançar em algumas áreas e diminuir esses números tão negativos para o Brasil”, destaca Lindbergh.

O deputado Fernando Mineiro (PT) parabenizou o trabalho de divulgação dos dados por parte da Sesed e elogiou a iniciativa do debate. “A CPI contribui ao trazer esse tema e dar visibilidade ao assunto. Sugiro que a comissão trace um conjunto de medidas aos governantes para enfrentar esse extermínio aos jovens. Peço ainda que nos traga os resultados desse trabalho”, comentou.

O senador Garibaldi Alves (PMDB) disse que a vinda da CPI ao Estado ajuda a traçar o retrato de uma realidade que acomete todo o país. Para o senador José Medeiros (PPS/MT), “o tema abordado pela CPI é um assunto não palatável à sociedade. O RN está de parabéns pela transparência nos dados sobre a criminalidade no Estado”.

O evento contou com a presença da deputada Márcia Maia (PSB), a secretária Estadual de Juventude, Maria Divaneide Basílio, o juiz titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude, José Dantas, o vereador Hugo Manso (PT), o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Marcos Dionísio, dentre outras autoridades e representes da sociedade civil.

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