24 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:39
ESTADO
COM INFORMAÇÕES DO G1
04/12/2020 08:34
Atualizado
04/12/2020 08:35

Falésia de Pipa sofre mais dois deslizamentos; Não há vítimas

Os deslizamentos aconteceram esta semana, no mesmo trecho onde aconteceu a tragédia que matou uma família, no dia 17 de novembro; A Prefeitura de Pipa informou que os locais que sofreram com os novos deslizamentos seguem interditados tanto na faixa de areia, quanto no topo da falésia, inclusive com dez estabelecimentos sendo mantidos fechados.
FOTO: REPRODUÇÃO

A Praia de Pipa registrou dois novos deslizamentos nas áreas das falésias, um nesta quinta-feira (3) e outro que aconteceu na segunda-feira (30). Não houve vítimas.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Mobilidade Urbana de Tibau do Sul, o trecho onde o desabamento voltou a ocorrer é exatamente na Baía dos Golfinhos, que foi interditado após o acidente que matou um casal, o filho de 7 meses, e o cachorro da família no dia 17 de novembro.

Hugo Pereira, de 32 anos, Stela Souza, de 33, aproveitavam um dia de folga na praia com o filho Sol Souza Pereira e o cachorro quando parte da falésia desabou sobre eles.

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A secretaria informou que os locais que sofreram com os novos deslizamentos seguem interditados tanto na faixa de areia, quanto no topo da falésia, inclusive com dez estabelecimentos sendo mantidos fechados.

Por conta do novo desabamento, a prefeitura de Tibau do Sul reforçou o pedido para que os banhistas respeitem as sinalizações e evitem proximidade com a falésias nos trechos orientados.

Segundo o Município, as interdições vão seguir temporariamente até a conclusão do estudo técnico que está sendo realizado por geólogos e engenheiros civis.

TRECHOS INTERDITADOS

Dez estabelecimentos e parte da faixa de areia próxima à falésia foram interditados um dia após o acidente que terminou na morte do casal, do filho de 7 meses e do cachorro.

No dia 25 de novembro, após a primeira parte do estudo, referente às características geológicas das falésias, ser entregue, a prefeitura decidiu manter todos os trechos interditados temporariamente.

De acordo com o Município, a segunda parte do estudo será feita por engenheiros civis. A previsão é que a análise, que já está em andamento, seja concluída em até 15 dias, segundo informou a prefeitura nesta quinta-feira (3).

EMERGÊNCIA

A prefeitura de Tibau do Sul decretou situação de emergência no dia 20 de novembro. O decreto tem validade de 90 dias. De acordo com o documento, a área da praia foi afetada por um desastre natural geológico "por movimento de massa com deslizamento de solo/ou rocha".

O governo do Rio Grande do Norte criou no dia 19 de novembro uma força-tarefa para auxiliar o município de Tibau do Sul na fiscalização das áreas interditadas temporariamente nas falésias de Pipa.

O trecho da falésia foi vistoriado também pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Segundo o órgão nacional, a medida atual de interdição é a melhor alternativa a curto prazo. Outras atuações devem ser pensadas após estudo das áreas.

O Ministério Público Federal tem 18 inquéritos para apurar irregularidades nessas áreas ambientais e acompanha as ações.


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