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COM INFORMAÇÕES DO G1
21/12/2020 10:33
Atualizado
21/12/2020 10:37

Estrela de Natal: alinhamento de Júpiter e Saturno poderá ser visto a olho nu

O fenômeno não acontece há cerca de 800 anos. Ele será visível em quase todos os lugares da Terra, nesta segunda-feira (21). Como todo evento astronômico, sua visibilidade dependerá das condições climáticas. "Devemos olhar na direção do pôr do sol. Logo depois do pôr do sol, a gente vê um pouco mais acima do horizonte. Fica mais visível num horizonte mais limpo", explica o pesquisador da USP Felipe Navarete.
EstrO fenômeno não acontece há cerca de 800 anos. Ele será visível em quase todos os lugares da Terra, nesta segunda-feira (21). Como todo evento astronômico, sua visibilidade dependerá das condições climáticas. "Devemos olhar na direção do pôr do sol. Logo depois do pôr do sol, a gente vê um pouco mais acima do horizonte. Fica mais visível num horizonte mais limpo", explica o pesquisador da USP Felipe Navarete.ela de Natal: alinhamento de Júpiter e Saturno poderá ser visto a olho nu.
FOTO: REPRODUÇÃO

Nesta segunda-feira (21) à noite, acontece um fenômeno raro no céu: a conjunção entre Júpiter e Saturno. Os dois maiores planetas do sistema solar ficarão alinhados e será possível observar – a olho nu – a chamada "Estrela de Natal" ou a "grande conjunção", que é a maior aproximação visível entre eles desde a Idade Média.

Segundo astrônomos, Júpiter e Saturno estiveram tão próximos pela última vez em 1623. O fenômeno mais similar, porém, ocorreu no século 13, há quase 800 anos.

A conjunção será visível de quase todos os lugares da Terra, após o pôr do sol. Como todo evento astronômico, sua visibilidade dependerá das condições climáticas. Devido à sua luminosidade, pode ser visto sem binóculo ou telescópio.

"Devemos olhar na direção do pôr do sol. Logo depois do pôr do sol, a gente vê um pouco mais acima do horizonte. Fica mais visível num horizonte mais limpo", explica Felipe Navarete, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP).

Quem observar o céu conseguirá ver um "disco duplo", como descrevem os astrônomos. Quem tiver um telescópio, conseguirá ver até mesmo os anéis de Saturno e os cinturões de Júpiter, uma vez que ambos os astros estarão mais próximos da Terra também.


800 ANOS DEPOIS

Uma conjunção tão próxima entre os astros teria ocorrido em 16 de julho de 1623.

Segundo o astrônomo Patrick Hartigan, da Universidade de Rice (EUA), o ocorrido pode ser mais antigo ainda. Em entrevista à BBC em novembro, ele afirmou que um alinhamento tão próximo pode ter ocorrido em 4 de março de 1226.

Hartigan explicou à agência britânica que quem perder a "grande junção" entre Júpiter e Saturno terá uma nova oportunidade de assistir a olho nu o balé dos dois astros somente daqui a 60 anos.

"Aqueles que preferirem esperar e ver Júpiter e Saturno tão perto e mais acima no céu noturno terão que aguardar até 15 de março de 2080. Depois disso, a dupla não fará aparição semelhante até depois de 2400", diz Hartigan à BBC.

A raridade do fenômeno, segundo os astrônomos, é explicado pelo próprio movimento dos dois planetas, além do da Terra: enquanto o nosso planeta leva um ano para dar uma volta no Sol, Júpiter leva 12 anos e, Saturno, 30 anos.

Assim, após 21 de dezembro, Júpiter e Saturno voltarão a se distanciar e já não será mais possível ver o movimento da Terra.


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