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POLÍCIA
CEZAR ALVES
27/01/2021 12:01
Atualizado
27/01/2021 15:00

Em depoimento à Justiça, assassino de Leozinho diz que foi chamado de X9

O vigilante que se passava por Policial Militar, inclusive andando armado, Valderi Lúcio Medeiros, contou em juízo que matou o cabeleireiro Leonardo Borges da Silva, de 22 anos, porque teria sido chamado de X9, só que esta versão as testemunhas não confirmam. Fora do Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, onde aconteceu a Audiência de Instrução e Julgamento do processo, familiares e amigos de Leozinho seguraram cartazes e pediram justiça para o caso. Para eles, Valderi matou Leozinho por pura maldade.
Em depoimento à Justiça, assassino de Leozinho diz que foi chamado de X9. O vigilante que se passava por Policial Militar, inclusive andando armado, Valderi Lúcio Medeiros, contou em juízo que matou o cabeleireiro Leonardo Borges da Silva, de 22 anos, porque teria sido chamado de X9, só que esta versão as testemunhas não confirmam. Fora do Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, onde aconteceu a Audiência de Instrução e Julgamento do processo, familiares e amigos de Leozinho seguraram cartazes e pediram justiça para o caso. Para eles, Valderi matou Leozinho por pura maldade.
FOTO: CEDIDA

O vigilante que se passava por Policial Militar, inclusive andando armado, Valderi Lúcio Medeiros, contou em juízo que matou o cabeleireiro Leonardo Borges da Silva, de 22 anos, porque teria sido chamado de X9, só que esta versão as testemunhas não confirmam.

Fora do Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, onde aconteceu a Audiência de Instrução e Julgamento do processo, familiares e amigos de Leozinho seguraram cartazes e pediram justiça para o caso. Para eles, Valderi matou Leozinho por pura maldade.



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Valderi Lúcio de Medeiros se encontra preso desde setembro de 2020 por ter matado Leozinho, como é mais conhecida a vítima, no Espetinho do Barão, no dia 23 de agosto daquele ano, tendo ainda ameaçado de morte outras duas pessoas no mesmo ambiente.

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COMO O CRIME ACONTECEU

Segue a narrativa do caso feita pelo Ministério Público Estadual, com base no que relatou as testemunhas e as outras vítimas (serão suprimidos os nomes das vítimas de ameaça – elas temem o assassino, mesmo ele estando preso preventivamente:

No dia 23 de agosto de 2020, pela madrugada, no Espetinho do Major, localizado na avenida Presidente Dutra, próximo à FACENE, bairro alto de São Manoel, nesta cidade, o acusado VALDERI LÚCIO DE MEDEIROS, por motivo fútil, agindo de surpresa, dificultando as chances de defesa da vítima Leonardo Borges da Silva, usando uma arma de fogo de cano curto, provavelmente pistola, e atirando à “queima-roupa”, ceifou a vida daquela. Na mesma ocasião, após atirar em Leonardo, Valderi Lúcio ameaçou, de mal injusto e grave, as pessoas de Wesley Medeiros da Silva e Daniel Pereira Fortunato, apontando para estas a mesma arma que usou para matar a vítima Leonardo, sendo que, com relação a Daniel, disse expressamente:

“VOCÊ QUER MORRER TAMBÉM?”.

A arma em tela era portada anteriormente pelo acusado, em várias ocasiões, pois apresentava-se como policial militar, sem exercer, de direito, referido cargo. Além disso, fugiu da cena do delito levando consigo à arma, que, até o momento de sua prisão, não havia sido apreendida.

Segundo o apurado nas investigações, no dia, hora e local já informados, a vítima Leonardo Borges da Silva dirigia-se a uma mesa do estabelecimento onde se encontravam alguns amigos; bem próximo estava estacionada uma moto marca Honda, placa OGG – 7H40, pertencente ao denunciado, que se dirigia ao veículo enquanto a vítima se aproximava da mesa.

Nesse instante o acusado, que saía apressadamente mandando as pessoas saírem “do meio”, e sem que houvesse qualquer discussão anterior, de forma ríspida, se dirige a Leonardo Borges iniciando o seguinte diálogo:

VALDERI: O QUE FOI?

LEONARDO: O QUE FOI O QUÊ?

Após, o acusado pega agressivamente pela gola da camisa da vítima, quando travam mais um curto diálogo:

VALDERI: EU SOU POLÍCIA.

LEONARDO: SE VOCÊ É POLÍCIA, IDENTIFIQUE-SE?

Não aceitando o questionamento de Leonardo Borges, o acusado Valderi Lúcio, com extrema futilidade, puxa uma arma de fogo e, à “queima-roupa”, agindo de surpresa como forma de dificultar-lhe a defesa, efetuou um disparo no peito que ocasionou as lesões causadoras de sua morte.

Alguns dias após o homicídio, quando da execução de mandado judicial em uma casa onde se encontrava o acusado, na cidade de Tibau, foi apreendido com Valderi uma carteira com o nome “Polícia Militar”, fato este que, associado a alguns relatos, evidencia que aquele agia usurpando função pública, como se agente público fosse. Constata-se dos autos que o denunciado atuava como uma espécie de “segurança”, com “carta branca” para andar armado e se passar por “autoridade”, devido ter uma indevida proximidade com policiais militares; seria o popularmente chamado “calça-preta”.

Contrariando a narrativa do Ministério Público Estadual, Valderi Lúcio da Silva, durante a audiência de Instrução e Julgamento nesta terça-feira, 26, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, disse que foi chamado de X9 e que teria reagido a esta suposta agressão. A testemunha que levou para prestar depoimento em seu favor disse que viu tudo de longe. O filho do acusado foi ouvido como declarante.

Em frente ao Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, onde estava acontecendo a Audiência de Instrução de Julgamento, familiares e amigos de Leozinho fizeram um protesto em silêncio, segurando faixas e cartazes pedindo Justiça. Também gravaram vídeos e divulgaram nas redes sociais, cobrando da sociedade punição para o assassino. Eles lembram que Leozinho era uma pessoa muito boa e que cuidava de todos.


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