O Airbus A-321 havia acabado de decolar da região turística de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, com destino a São Petesburgo, na Rússia.
A autoridade de aviação civil do Egito confirmou que destroços do avião foram localizados numa área montanhosa na região de Hassana, ao sul da cidade de Arish, norte do Sinai.
A maioria dos passageiros era formada por turistas russos.
A agência estatal de notícias russa RIA Novosti informou que a tripulação do avião acidentado havia relatado problemas de motor durante a semana - a agência atribuiu a informação a uma fonte no aeroporto de Sharm el-Sheikh.
A correspondente da BBC no Cairo, Orla Guerin, disse que há "muito pouca esperança" de que haja sobreviventes.
Ela também disse que haverá especulações sobre possível envolvimento de radicais islâmicos no acidente, já que a região do Sinai conta com uma rede ativa de militantes aliados ao grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico".
Guerin afirmou, no entanto, ter ouvido de uma fonte que a aeronave voava a uma altitude em que não poderia ser atingida por algo do solo.
O avião era operado pela pequena companhia aérea russa Kogalymavia, do oeste da Sibéria. As últimas informações apontavam que a aeronave levava 217 passageiros - 17 deles crianças - e sete tripulantes.
Um "avião civil russo (...) caiu na região central do Sinal", informou, em nota, o gabinete do primeiro-ministro egípcio, Sharif Ismail.
A nota informou também que o primeiro-ministro montou um comitê de crise para ações de emergência relativas ao acidente.
O órgão de aviação russo Rosaviatsiya afirmou, em nota oficial, que o voo 7K 9268 deixou Sharm el-Sheikh às 6h51 pelo horário de Moscou (1h51 pelo horário de Brasília) e tinha pouso programado no aeroporto Pulkovo, de São Petesburgo, às 12h10 (7h10 pelo horário de Brasília).
Perda de altitude
O órgão disse ainda que o avião deixou de fazer contato com o controle aéreo do Chipre 23 minutos após a decolagem e desapareceu do radar em seguida. O avião voava a uma altitude de 9.400 metros quando perdeu contato com o solo.
O serviço de rastreamento de voos em tempo real Flight Radar 24 informou à BBC que a aeronave perdeu altitude de forma muito rápida - cerca de 1.500 metros por minuto antes de sumir dos radares.
Um centro para atender familiares dos passageiros foi montado no aeroporto de Pulkovo, segundo a agência de notícia russa Tass.