O resultado do Sistema de Seleção Unificado (SiSU) 2022 foi divulgado na manhã desta terça-feira (22), com a convocação de milhares de estudantes para universidades públicas de todo o país.
Entre os que estão festejando hoje, está Giovana Gurgel de Góis, de 18 anos, aprovada para o curso de jornalismo, turno noturno, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
A jovem é a filha mais nova do radialista e repórter policial da TV Cabo Mossoró (TCM) Francileno Gois, que morreu em 15 de abril de 2021, aos 50 anos, vítima de complicações da Covid-19.
Em entrevista ao Portal MOSSORÓ HOJE, Giovana falou da felicidade de seguir os passos do pai. Diz que sempre sonhou em cursar jornalismo e que Francileno foi uma influência positiva na escolha dela.
“Cresci com um pai jornalista, indo em redações e fazendo gravações por brincadeira. Vi as faces da profissão de perto, as vantagens e desvantagens… Foi uma coisa que eu nunca tive dúvida, sempre foi muito claro o que eu deveria fazer. Tive uma influência muito positiva”, conta.
Esta foi a segunda vez que ela fez o Enem, a primeira foi a edição 2020, apenas como treineira, visto que ainda cursava o segundo ano do ensino médio. Ao falar sobre a emoção da aprovação, diz que se sente aliviada.
“Feliz e aliviada, de certa forma (haha). Estudei bastante no ano anterior e foi bom ver o resultado colhido. Foi uma grande felicidade”.
Giovana diz que quando falava em seguir a carreira, o pai a incentivava e que Francileno sempre sentiu muito orgulho por ela ter escolhido essa profissão. Segundo ela, se o pai estivesse vivo, estaria “feliz e com aquele sorriso simpático de sempre, já postando em todos os lugares e falando para todos (haha)”.
“Ele sentia muito orgulho por eu ter escolhido a profissão. Foi uma coisa bem natural, eu acompanhava sempre o trabalho dele e achava muito interessante, me imaginava fazendo a mesma coisa com a mesma paixão. Eu observava tudo e ele me falava o que acontecia dentro da profissão. Costumávamos brincar de fazer gravações e reportagens”, conta.
Para além da influência do pai, ela diz que se identificou com o jornalismo pela possibilidade de ajudar as pessoas e dar voz às minorias.
“Acredito que seja uma área boa para procurar ajudar as pessoas, para tentar dar voz a todas as minorias e para auxiliar a combater os mais diversos problemas presentes na sociedade. Principalmente os governamentais. E aliado a isso, documentar a história”, explica.
Questionada sobre o futuro, se voltaria para Mossoró para seguir a profissão por aqui, diz que prefere esperar um pouco para pensar em que rumo vai seguir após formada, mas que é sim uma possibilidade boa.
“Voltaria demais, da mesma forma que, talvez, eu possa ir para mais longe. Vamos esperar um pouquinho, mas as duas possibilidades são muito boas”, diz e completa: “Quem sabe trabalhar no Portal Mossoró Hoje? Haha”.