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ECONOMIA
COM INFORMAÇÕES DO ESTADÃO
06/05/2022 12:19
Atualizado
06/05/2022 16:01

Lucro da Petrobrás cresce 38 vezes no primeiro trimestre de 2022

Os resultados da estatal foram turbinados pela disparada nas cotações do petróleo, acentuada após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A receita total, que incluem as vendas de combustíveis no mercado nacional e as exportações de petróleo, somam R$ 141,641 bilhões, 64,4% a mais do que no primeiro trimestre de 2021. A Petrobras também informou que pagou quase 70 milhões em impostos royalties e participações governamentais no primeiro trimestre do ano - e que pagará 48,5 milhões em dividendos.
Lucro da Petrobrás cresce 38 vezes no primeiro trimestre de 2022. Os resultados da estatal foram turbinados pela disparada nas cotações do petróleo, acentuada após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A receita total, que incluem as vendas de combustíveis no mercado nacional e as exportações de petróleo, somam R$ 141,641 bilhões, 64,4% a mais do que no primeiro trimestre de 2021. A Petrobras também informou que pagou quase 70 milhões em impostos royalties e participações governamentais no primeiro trimestre do ano - e que pagará 48,5 milhões em dividendos.
FOTO: REPRODUÇÃO

A disparada nas cotações do petróleo, acentuada após a invasão da Ucrânia pela Rússia, turbinou os resultados financeiros da Petrobras no primeiro trimestre. A estatal teve lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no período, um salto de 3.781% frente ao igual período de 2021.

A receita total, que incluem as vendas de combustíveis no mercado nacional e as exportações de petróleo, somam R$ 141,641 bilhões, 64,4% a mais do que no primeiro trimestre de 2021.

A Petrobras também informou que pagou quase 70 milhões em impostos royalties e participações governamentais no primeiro trimestre do ano - e que pagará 48,5 milhões em dividendos ( a parte do lucro que cabe aos acionistas), referente estão valores remanescentes do lucro de 2021 quanto a uma antecipação de remuneração de 2022.

O pagamento é antecipado porque, pela legislação, poderia ser feito só em 2023 quando os resultados deste ano serão fechados.

A estatal informou que os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais em junho e julho. Além da união, em torno de 700 mil acionistas brasileiros receberão os valores.

A companhia informou que a distribuição dos lucros está alinhada a política de remuneração aos acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a Petrobras poderá direcionar para os detentores de ações 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos).

Além disso, a política prevê a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários desde que a sustentabilidade financeira da companhia seja preservada.

EFICIÊNCIA

Em nota, o presidente da Petrobrás, José Mauro Coelho, disse que, “por anos”, a companhia deixou de pagar dividendos para União e demais acionistas e “praticou investimentos que não geraram resultados”. “Agora vivemos uma nova realidade, com foco em eficiência”.

Nos comentários sobre os resultados, a companhia afirma que as receitas cresceram no primeiro trimestre devido a uma alta de 27% nas cotações do petróleo tipo Brent, aumento das exportações e das vendas da matéria-prima bruta - agora que a Petrobras fornece para uma refinaria privada, com a venda da refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, concluída em 30 de novembro de 2021.

No total, a estatal produziu 1,1% mais petróleo e gás no primeiro trimestre, ante um ano antes. No mês passado, a companhia informou que a exportação líquida (vendas externas, menos importações) atingiu 411 mil barris diários no primeiro trimestre, alta de 18,4% em relação a igual período de 2021.

O balanço mostra que a alta nas cotações do petróleo e o aumento nas vendas do insumo bruto compensaram a queda em volume nas vendas de combustíveis - em parte porque a capacidade total de produção de óleo diesel e gasolina diminuiu, com a venda da Rlam.

Foram R$ 38,875 bilhões de receita líquida com óleo diesel, alta de 54,5% ante o primeiro trimestre de 2021, R$ 19,404 bilhões de receita com a gasolina, salto de 75,3% na mesma base de comparação.

Já o lucro líquido foi impulsionado também pelo alívio nas cotações do dólar. Uma taxa de câmbio mais baixa, na média do trimestre, teve efeito sobre a dívida da estatal, boa parte dela em dólares.

Segundo a Petrobras, a exposição cambial terminou o primeiro trimestre em US$ 17 bilhões, ante US$ 34,8 bilhões em igual período de 2021.

A dívida bruta total da Petrobras terminou o primeiro trimestre em US$ 58,554 bilhões, enquanto a diva a dívida líquida (descontando recursos em caixa) ficou em US$ 40,072 bilhões.


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