Vinicius Rafael Silva de Araújo, de 21 anos, foi condenado a pena de 17 anos e 9 meses de prisão, em regime fechado, pelo crime de homicídio triplamente qualificado, cometido contra Bruno Alysson do Nascimento.
O réu foi a júri popular nesta terça-feira (24), no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró.
O caso aconteceu no dia 5 de abril de 2022, no bairro Barrocas. Bruno Alysson foi estrangulado com um fio de um ventilador, dentro da própria casa. O crime ainda teve a participação de um menor.
O júri popular foi presidido pelo Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, tendo sido iniciado por volta das 9h30.
Ao prestar depoimento, o réu afirmou que não cometeu o homicídio. Disse que havia ido ao local fazer um programa, a convite do adolescente, e que, em determinado momento, a vítima e o menor teriam iniciado uma discussão.
Em seguida, a vítima teria se armado com uma faca e tentando agredir a dupla. Neste momento, o réu alegou que bateu na mão dele com um cabo de vassoura, fazendo com que a faca caísse. Depois Vinícius disse que o menor teria agarrado a vítima pelas costas e que ele ainda chegou a chamá-lo para que fosse embora, mas como não foi ouvido, foi embora sozinho. Negou que tenha matado o réu ou que tenha qualquer participação no homicídio.
Em sua alegação, a acusação, realizada pelo promotor público ítalo Moreira Martins, reforçou a tese de homicídio triplamente qualificado, furto (visto que sumiram diversos objetos da casa da vítima), além de corrupção de menor.
O promotor alegou que há diversas provas que mostram a participação de Vinicius no crime, ainda que o estrangulamento não tenha sido praticado exatamente por ele.
A defesa, por sua vez, representada pela advogada Clívia Duarte, afirmou que não iria pedir a absolvição do réu pelo homicídio, mas que não há evidências de que ele houvesse praticado o furto e nem a corrupção de menores, visto que o réu foi levado ao local pelo menor e não o contrário.
Após ouvir todas as declarações, o corpo de jurados se reuniu para deliberar sobre o caso. Ao retornar ao salão principal do tribunal do júri, decidiu pela condenação do réu pelos três crimes.
Com a decisão dos jurados, o presidente do TJP aplicou a dosimetria da pena, estabelecida em 17 anos e 9 meses de prisão.
Esta pena se soma a outra a qual o réu foi condenado, em novembro de 2022, por outro crime com as mesmas características. Na época, Vinicius foi condenado a 18 anos de prisão pelo homicídio de Hadirson Kaio Marcelino da Silva.