Com previsão de investimentos de aproximadamente US$ 3 bilhões nos próximos 5 anos, a retomada de atividades no Rio Grande do Norte em busca de petróleo e gás na área de Pitu e Anhangá (margem equatorial), que fica distante 60k da costa do Rio Grande do Norte e do Ceará, deve receber a licença de operação do IBAMA até a próxima sexta-feira, dia 29.
A garantia foi dada pelo presidente do IBAMA, Rodrigo Mendonça, em audiência na manhã de hoje (26), em Brasília, a governadora Fátima Bezerra, do Rio Grande do norte. Fátima disse que teve a solicitação atendida por Rodrigo Mendonça, para que o Rio Grande do Norte volte a produzir petróleo, desta vez no mar, depois que a companhia se desfez da produção e refino em terra.
A audiência teve como pleito a Licença de Operação, perfuração de dois poços no Campo de Pitu Oeste, em águas profundas (4.200 metros de profundidade) na Bacia Potiguar, e Anhangá, na costa do Ceará.
Em recente entrevista a Tribuna do Norte, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou que estava aguardando tão somente a liberação da Licença de Operação do IBAMA para iniciar as operações técnicas para perfurar poços na costa do Rio Grande do Norte. Veja mais: Jean diz à Tribuna que pretende perfurar poços na costa do RN ainda em 2023
A área fica localizada a cerca de 60 km do litoral do Rio Grande do Norte, em profundidade de água de 1.844m, com profundidade final de 4.200m e foi descoberta em 2013. A concessão faz parte da Margem Equatorial e tem como foco oportunidades na transição energética e na eólica offshore.
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“O parecer técnico e a minuta da licença do processo de licenciamento avançou e até sexta-feira deverá sair através do IBAMA. É uma nova fronteira que se abre para o Rio Grande do Norte na retomada do Petróleo e Gás. É um novo ciclo que proporcionará mais geração de emprego e renda. Estamos muito confiantes que o licenciamento virá o mais rápido possível”, ressaltou a governadora Fátima Bezerra.
O primeiro poço perfurado na área foi concluído em 2014, e contém óleo e gás, constituindo a primeira descoberta relevante em águas profundas na bacia, que deu origem ao Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) Pitu.
“Será uma retomada da exploração do Petróleo e Gás. É um novo ciclo econômico no nosso Estado focado na retomada com a Petrobrás, trazendo novos investimentos. A sonda que vai se deslocar para o Rio Grande do Norte já teve a liberação da licença da plataforma. Teremos, a partir de agora, várias empresas e satélites no Estado do Rio Grande do Norte com novas contratações e será uma nova fase de emprego e renda, mão de obra para podermos com as empresas e entidades vinculadas ao setor de Petróleo e Gás, desenvolver o setor de Petróleo e Gás Off Shore trazendo desenvolvimento econômico para todo o nosso Estado”, disse Hugo Fonseca, coordenador do Desenvolvimento Energético da Sedec que acompanhou a audiência.
Na ocasião, Rodrigo Mendonça, presidente do IBAMA ressaltou a importância que o estado vem tendo no setor Eólico offshore, principalmente no seu planejamento espacial para o desenvolvimento da atividade. “Estamos articulando um evento conjunto, em parceria Ibama e Governo do Rio Grande do Norte para discutir o futuro da atividade Eólica offshore a ser realizado na capital potiguar”, finalizou Hugo Fonseca.