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SAÚDE
Da redação
14/12/2015 12:54
Atualizado
13/12/2018 07:00

Há dois anos que a Prefeitura e Diocesse debatem a construção do Santuário

Projeto do Santuário de Santa Luzia (VEJA IMAGENS), previsto para ser construído na Serra Mossoró, foi entregue ao bisco Dom Mariano Manzana no encerramento da Festa da Padroeira

O projeto de construção do Santuário de Santa Luzia vem sendo discutido entre Poder Público e Diocese de Mossoró desde o início da atual gestão municipal, com a ideia tendo sido lançada no final de 2013.

Em 7 fevereiro de 2014, a Diocese entregou ao prefeito Francisco José Júnior um ofício, formalizando o pedido de construção do monumento.

O documento ainda solicitava a criação de uma comissão mista, composta por representantes da Prefeitura e da Diocese de Mossoró, para analisar a viabilidade de edificação do santuário.

Nos meses seguintes, os debates foram intensificados, com diversas ações sendo realizadas com o objetivo de viabilizar o projeto.

Durante a leitura anual na Câmara de Vereadores, em 18 fevereiro de 2014, o prefeito destacou que seria promovido o estudo de viabilidade do Santuário de Santa Luzia.

Em 27 de agosto do ano passado, o chefe do Executivo municipal voltou a se reunir com representantes da Diocese, oportunidade em que anunciou que alguns estudos já haviam sido realizados, e a Serra Mossoró era o local definido para a construção do monumento.

O passo seguinte na discussão do projeto do Santuário foi uma visita técnica na Serra Mossoró, em 17 de setembro de 2014.Além do prefeito Francisco José Júnior e de secretários municipais, acompanharam a visita o padre Walter Collini, então pároco da Catedral de Santa Luzia, e os vereadores Flávio Tácito e Narciso Silva (foto acima).

A licitação para elaboração do projeto foi aberta em dezembro de 2014. Alguns meses depois, já em 2015, as empresas vencedoras do certame, a Escala (mesma que executou o projeto do Santuário de Santa Rita), responsável pela execução do projeto com contrato assinado no valor de R$370 mil, e a Atecel, com valor contratual de R$ 47 mil, responsável por todo o estudo de solo, iniciaram os trabalhos.

Todo esse processo culminou com a entrega do projeto à Diocese de Mossoró, na noite do ontem, 13 de dezembro, durante o encerramento da Festa de Santa Luzia.

Na ocasião, o prefeito Francisco José Júnior relembrou os desafios que precisou enfrentar para que o projeto fosse concluído e agora entre aos fiéis.

 “Não foi fácil, mas Deus encaminhou tudo. A empresa que venceu a licitação foi iluminada e o projeto está pronto. Ainda não é a obra, ainda não está com o orçamento finalizado em detalhes, muita coisa em fase de execução e projeção para que possamos realmente seguir na edificação desse grande sonho, mas já é o projeto”, afirmou o prefeito.

Francisco José Júnior também destacou que a construção do Santuário transformará Mossoró em uma referência para fiéis de todo o território nacional durante os 12 meses do ano, aquecendo a economia local. “O monumento protegerá ainda mais nossa terra e tantas outras terras que nos rodeiam e as quais somos ligados social e economicamente. O santuário criará novas vertentes para a economia da região”, reforçou o prefeito.

Ainda no evento de ontem na Catedral de Santa Luzia, o bispo Dom Mariano Manzana declarou-se surpreso com a entrega do projeto, relatando que a comissão solicitada por ele em 2014 não havia sido oficialmente constituída.

Mas de acordo com informações do município, durante as últimas semanas, antes mesmo da apresentação na festa de Santa Luzia, diferentes representantes tiveram acesso ao projeto e receberam a confirmação da comissão da boca do proprio prefeito para acompanhar o processo que só começa a existir agora que existe um projeto real, viável e planejado para começar a acontecer.

 

Santuário deve ser viabilizado através de investimento da iniciativa privada

 

Compromisso da gestão municipal pelo desenvolvimento de Mossoró e expansão do turismo religioso na cidade, o Poder Executivo local recebeu do Escritório de Arquitetura Escala, de João Pessoa, Paraíba, o projeto arquitetônico e maquete eletrônica do Santuário de Santa Luzia, que será disponibilizado pela Prefeitura para que a obra seja viabilizada através da iniciativa privada, por meio de uma Sociedade para Fins Específicos (SPE).

Essa é uma alternativa encontrada pela gestão para que a obra, além de não ser viabilizada com recursos públicos, ainda seja revertida em arrecadação para o município. “Também é uma alternativa para que esse projeto, que pertence à sociedade, não fique preso ou travado quando da troca de gestores ao passo dos sucessivos processos eleitorais”, explica o prefeito Francisco José Júnior.

As maquetes apresentam a vista da estátua, imagens da rotatória, estacionamento, escadaria e de todo o templo. Ao todo, foram projetados 16mil m² em edificações que acompanham desde a base até o topo da Serra Mossoró, numa perspectiva de continuidade que será vista ao longe. 

Concluídas as fases iniciais, o município dará seguimento à formação da comissão que acompanhará o processo após a conclusão do projeto complementar, que representa exatamente a etapa que culminará na definição dos custos finais da obra, hoje estimada pelo escritório de arquitetura em torno de R$ 20 milhões. “O que nos chamou a atenção para que o Santuário seja executado através de SPE foi justamente a estimativa do valor da obra”, explica o secretário de infraestrutura José Couto

Para a realização de uma Sociedade para Fins Específicos, o município precisará fazer um chamamento público com duração de 30 dias, no qual será definida a empresa que construirá o Santuário, conforme projetado, e ainda fizer a melhor proposta de participação nos lucros do empreendimento para o município. Até ontem, 13, apenas pequenas equipes da Prefeitura e alguns dirigentes da igreja católica haviam tido acesso ao projeto arquitetônico do Santuário, que a partir de hoje está sendo disponibilizado para a sociedade.

“Esse é um projeto grandioso, que vai atender a demanda de Mossoró e região nos próximos 50 anos. Não se trata de algo simples, que ficará pronto de uma hora para a outra, mas uma obra projetada de forma inteligente que já tem condições de ficar disponível para o público dentro do prazo de dois a três anos”, conclui o prefeito Francisco José Júnior.

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