26 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:24
POLÍCIA
CEZAR ALVES, DA REDAÇÃO
11/01/2019 17:21
Atualizado
12/01/2019 01:14

Justiça decreta preventiva do médico Wilson Jales e dos três comparsas

A decisão foi tomada ao meio desta sexta-feira, 11, no pedido de homologação da prisão em flagrante por homicídio qualificado contra Dona Chica e por tentativa de homicídio qualificada contra Raimundo Nonato, no início da manhã do dia 9
Wilson, de camiseta vermelha, entre os três comparsas que mataram a aposentada Dona Chica e tentaram matar o Seu Raimundo Nonato perto de Patu, no início da manhã de quarta-feira, tiveram as prisões preventivas decretadas

A Justiça de Umarizal homologou o ato de prisão em flagrante e decretou a prisão preventiva do médico Wilson Edino de Freitas Jales, e dos comparsas Israel Franco de Oliveira, Júlio Ricardo Neto e Leonardo Rodrigues do Nascimento, pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio em sua forma qualificada, ocorridos perto de Patu, na manhã de quarta-feira, dia 9.

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Os quatro mataram por pura maldade a aposentada Francisca Alves Silva Oliveira, conhecida por Dona Chica, de 68 anos, e tentaram matar o marido dela, Seu Raimundo Nonato de Oliveira, às 5 horas da manhã de quarta-feira, dia 9, no trevo de acesso da cidade de Rafael Godeiro a cidade de Patu. “Foi por pura perversidade”, diz o delegado Sandro Régis.

Sandro Régis é o delegado Regional de Patu e conduziu as investigações desde o início em parceria com a Policia Militar. Conseguiram localizar os quatro suspeitos num bar no Centro da cidade de Patu. Estava bebados e drogados. Na delegacia, três suspeitos confessaram o crime praticado com requintes de crueldade e sem motivação alguma.

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O médico Wilson Jales não confessou. Mas os demais envolvidos narraram, em detalhes, que estavam se dirigindo de Mossoró na direção de Patu, quando passaram pelo casal fazendo a caminhada matinal, pararam o carro, o médico desceu e atirou na cabeça da aposentada e ainda teria ficado rindo da senhora morrendo e do marido dela fugindo pelo mato.

O delegado Sandro Régis destacou que além destes três homicídios qualificados, Wilson Jales também está sendo investigado como mandante do assassinato da ex-mulher, a empresária Rita de Cássia Medeiros Dantas (na época tinha 48 anos), no dia 15 de fevereiro de 2015, em Messias Targino. Este crime foi na fazenda da família.

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Os três suspeitos presos narraram também que o médico Wilson Jales teria encomenda a vida de outras três pessoas:

1 – O motorista de ambulância Adolfo Maia, de 38 anos, assassinado no dia 6 de outubro de 2017, quando este brincava com os filhos na calçada de casa na cidade de Patu.

2 – O agricultor Rawlinson Rousseau Monteiro Carlos Godeiro, na época com 42 anos, assassinado no dia 25 de julho de 2018, numa estrada de acesso a cidade de Patu.

3 – O homicida/assaltante Davi Lucas de França Melo, de 19 anos, assassinado no dia 23 de outubro de 2018, na praia de São Cristóvão, em Areia Branca.

No caso de Davi Lucas, os comparsas de Wilson Jales narraram que este foi assassinado em Areia Branca porque juntamente com outro pistoleiro não teriam conseguido assassinar o delegado Sandro Régis, de Patu.

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No dia, a Policia conseguiu abortar o plano e pistoleiros abandonaram um Fiat Uno e fugiram quando a polícia se aproximou. Este caso quem tomou conhecimento primeiro e adotou providências foi o delegado municipal Paulo Nilo, de Patu.

O médico Wilson Jales teria mando matar o delegado Sandro Régis, porque este havia o prendido por posse de arma de fogo em 2015 e por está investigando o assassinato de Rita de Cássia, Adolfo e Rousseau, tendo Wilson Jales como principal suspeito.

Com base nestas narrativas e também de várias outras testemunhas, o delegado Sandro Régis pediu a prisão preventiva dos quatro em seu relatório da prisão em flagrante pelo assassinato de Dona Chica e pela tentativa de assassinato contra Seu Nonato.

O pedido do delegado recebeu o parecer positivo do Ministério Público Estadual. No final da manhã desta sexta-feira, 11, a Justiça de Umarizal decidiu por homologar a prisão em flagrante e por decretar a prisão preventiva dos quatro: Wilson, Leonardo, Israel e Júlio.

O delegado disse que agora vai concluir as outras investigações, seguindo os passos narrados por Leonardo, Israel e Júlio, bem como outras testemunhas, e também remetê-los a Justiça.

Por serem perigosos, vão aguardar julgamento da sociedade de Umarizal ou em outra comarca que tenha segurança presos.

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