Atuam no combate ao coronavírus se dividindo entre os Postos e as Unidades Básicas de Saúde (UBS), garantindo os serviços iniciais de atenção básica, prevenção e tratamento da população. Estes são os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos em enfermagem e tantos outros profissionais que se arriscam todos os dias nesse momento de pandemia em todo o mundo.
A técnica de enfermagem Márcia de Moura, que atua em um Hospital do Estado de Porto Velho, em Rondônia, conta como essa nova realidade tem lhe afetado.
“É uma experiência nova, não tão diferente, pois a área a qual já atuava é infectocontagiosa, mas os cuidados se tornaram mais intensivos para não levar contaminação aos demais pacientes e também aos familiares”, explica.
De acordo com Márcia, muita coisa mudou, inclusive, seus estudos que sofreram alterações por conta desse novo cenário. Além desse trabalho, ela também está no 9º período do curso de Fisioterapia.
A área sempre a encantou. “Após atuar como técnica em enfermagem, pensei em um curso superior e a fisioterapia, sem dúvida, foi a minha escolha.”
Agora ela se divide em uma tripla jornada (estudos, casa e trabalho) só para poder continuar cuidando das pessoas. Cuidar dos pacientes que precisam de atendimento também é a missão escolhida por Euzilene Duarte.
Ela é enfermeira e atua em um hospital em Sorocaraba, São Paulo. Se formou em dezembro do ano passado, no mesmo período em que o coronavírus se espalhava por todas as regiões. A enfermeira recebeu o diploma no mesmo mês que começaram a ser divulgados os primeiros casos de infecções causadas pela Covid-19 e foi direto para a linha de frente.
“Está sendo uma experiência nova na minha carreira e, ao mesmo tempo, dolorosa pelo fato dos pacientes com Covid-19 não poderem ter contato com seus familiares nem receber visitas durante as internações”, afirma.
Integram a equipe que realiza a ação pessoas da área de fonoaudiologia, fisioterapia, educação física, nutrição. Além de buscar a todo momento alertar a população sobre os riscos da contaminação, eles fazem uma espécie de triagem, realizando alguns procedimentos.
A fonoaudióloga Jacineide de Oliveira é uma das profissionais que continuam prestando serviços. Atualmente, ela só oferece assistência no Programa Melhor em Casa, na cidade de Simões Filho e suspendeu as consultas na clínica em que trabalha. Jacineide conta que o cuidado tem sido redobrado.
“No ambiente de trabalho, ficamos de máscara o tempo todo e fazemos uso de álcool em gel o tempo todo. No atendimento usamos os EPIs: jaleco descartável, luva, óculos, viseira, touca e máscara. E o cuidado é dobrado, lavamos sempre as mãos e descartamos os materiais devidamente”, disse.
Para a população, a enfermeira Euzilene faz um alerta para que cada um se cuide, previna-se, fique em casa, na medida do possível, e não se desespere.
“Aos profissionais de saúde quero dizer que esse momento é delicado, estamos todos no mesmo barco e pedindo a Deus, todos os dias, que nos proteja e guarde a cada segundo. Tenham fé, força e dedicação a cada paciente que receberem”, declara.